Caso Aurá: funcionário da Ciclus é preso por crime ambiental e perícia confirma descarte irregular

Um funcionário da Ciclus foi preso por descarte irregular no Aurá; perícia confirma crime ambiental e investigação continua.

Publicado em 11 de junho de 2025 às 16:41

Caso Aurá: funcionário da Ciclus é preso por crime ambiental e perícia confirma descarte irregular
Caso Aurá: funcionário da Ciclus é preso por crime ambiental e perícia confirma descarte irregular Crédito: Divulgação/Comus

A crise ambiental envolvendo o antigo Aterro do Aurá, em Ananindeua, ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (11). Um funcionário da empresa Ciclus Amazônia — responsável pela coleta de resíduos sólidos em Belém — foi preso em flagrante por crime ambiental e, segundo a Polícia Civil, responderá em liberdade após o pagamento de fiança. Ele foi conduzido à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), onde prestou depoimento, assim como outros suspeitos de envolvimento no caso.

A prisão ocorreu durante uma operação realizada na terça-feira (10), quando fiscais da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel) e da Agência Reguladora Municipal (Arbel) estiveram no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) do Aurá para apurar denúncias de irregularidades. Segundo a Sezel, um caminhão da empresa foi flagrado descarregando lixo orgânico no local, que atualmente deveria receber apenas entulhos. A prática é considerada crime ambiental e motivou a ação policial.

Além do flagrante, equipes do Núcleo de Crimes Ambientais da Polícia Científica do Pará realizaram perícia na área para verificar o descarte irregular de resíduos. A investigação segue em andamento e outras irregularidades seguem sendo apuradas pelas autoridades.

A empresa Ciclus informou, anteriormente, que o incêndio que atingiu a área na terça-feira teve início no chamado “Pátio 1” do Aurá — uma zona que, segundo a própria empresa, não está sob sua operação direta. Ainda assim, a Ciclus acionou o Corpo de Bombeiros e diz estar colaborando com as autoridades nas investigações. O Corpo de Bombeiros mantém equipes especializadas no local para conter os focos de incêndio, que espalharam fumaça por bairros de Ananindeua e Belém, gerando transtornos à população.

A Sezel, por sua vez, intensificou a fiscalização sobre a atuação da Ciclus. A força-tarefa detectou acúmulo de lixo nas ruas, déficit de pessoal e falhas na destinação dos resíduos, incluindo caçambas de entulho circulando sem vedação. A Prefeitura de Belém prometeu cobrar explicações da empresa e garantir o cumprimento do contrato de prestação do serviço.