Publicado em 24 de maio de 2025 às 12:29
Equipes da Delegacia de Muaná deram cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra um conselheiro tutelar do município, suspeito de concussão em continuidade delitiva. O servidor exigia dinheiro de vítimas sob ameaça de falsas acusações criminais. A prisão, ocorrida na quinta-feira (22), foi decretada após investigação que comprovou o crime por meio de áudios e comprovantes de transferências bancárias.>
A medida foi solicitada após a conclusão do inquérito policial que apurou os fatos. Inicialmente, o servidor foi apresentado à delegacia após agredir o irmão de uma das vítimas, que exigia a devolução de valores extorquidos no mês anterior. Na ocasião, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal dolosa. Após a denúncia de concussão, a investigação foi iniciada.>
“Durante o andamento do inquérito, ficou comprovado que, ao longo do mês de abril, o conselheiro utilizou seu cargo para exigir quantias elevadas da vítima, sob a ameaça de criar falsas acusações e interferir em investigações e ações penais inexistentes. As exigências foram feitas por meio de ligações e mensagens de texto e áudio no WhatsApp. A vítima chegou a transferir R$ 10 mil, valor confirmado por comprovante bancário, áudios e depoimentos”, explicou o delegado Felipe Mendonça.>
Com base nas provas, foi representada a prisão preventiva, que foi deferida pela Justiça com parecer favorável do Ministério Público do Pará. O mandado foi cumprido durante a Operação Muralha Estadual, que resultou ainda na prisão de outros quatro investigados por diferentes crimes em Muaná.>
Após a prisão, mais três pessoas procuraram a delegacia relatando terem sido vítimas do mesmo tipo de crime praticado pelo conselheiro. A Polícia Civil segue com as investigações e orienta outras possíveis vítimas a procurarem a unidade policial.>