Corpo de filho de escrivã da PC só deve ser liberado após análise de perito da PF

Marcello foi morto durante uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (8) em Belém.

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 22:19

Família acusa policiais de invadirem o apartamento e atirarem contra o jovem de 24 anos; PF afirma que ele reagiu à abordagem
Família acusa policiais de invadirem o apartamento e atirarem contra o jovem de 24 anos; PF afirma que ele reagiu à abordagem Crédito: Reprodução

O corpo do jovem Marcello Victor Carvalho de Araújo, de 24 anos, morto durante uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (8) em Belém, só será liberado para o sepultamento após análise de um perito da PF vindo de Brasília.

A promotora do Ministério Público do Pará (MPPA), Ana Maria Magalhães, que é parente da vítima, vai acompanhar o trabalho nesta quinta-feira.

Marcello era filho de uma escrivã da Polícia Civil do Pará e foi morto dentro do apartamento onde morava com a mãe no bairro do Jurunas. Segundo familiares, os policiais federais teriam invadido o apartamento onde o rapaz estava com a mãe e o namorado dela, Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como “Marcelo da Sucata”, que seria o alvo da operação e acabou preso.

Segunda a PF, a corporação cumpria mandados da Operação Eclesiastes, que investiga uma organização criminosa envolvida em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Em nota, a morte de Marcello foi amenizada e tratada como consequência de uma reação, o que segundo a família não ocorreu.

Uma tia da vítima, relatou que os agentes arrombaram a porta e atiraram contra o jovem.

“O primeiro tiro atingiu meu sobrinho fora do quarto. Ele correu assustado e foi seguido pelos policiais, que atiraram de novo. Foi quando ele caiu”, afirmou.

O rapaz que não teria envolvimento com crime, era formado em Educação Física e trabalhava como auxiliar administrativo na Polícia Civil.