Festival Coletivo tem sua primeira edição durante a COP30 em Belém

Evento acontece de 06 a 21 de novembro como parte da programação da Casa Brasil COP30 com agenda de painéis nacionais e internacionais, exposição fotográfica e atrações artísticas

Publicado em 3 de novembro de 2025 às 20:15

O Festival Coletivo apresenta a exposição Povos Amazônicos, assinada por Renato Soares, fotógrafo e documentarista mineiro 
O Festival Coletivo apresenta a exposição Povos Amazônicos, assinada por Renato Soares, fotógrafo e documentarista mineiro  Crédito: Divulgação/ Exposição Povos Amazônicos

Em novembro, o mundo acompanhará as discussões sobre as questões climáticas que acontecerão em Belém do Pará durante a COP30. Representantes do governo e grandes especialistas debaterão o tema dentro da agenda oficial, mas em paralelo, o público em geral também terá a oportunidade de vivenciar encontros e trocas de saberes, com a primeira edição do Festival Coletivo, que acontece de 06 a 21 de novembro.

O evento que estará de portas abertas para todos é parte da programação da Casa Brasil COP30, que vai reunir vozes da floresta, da ciência, da arte, dos negócios e da sociedade civil para discutir soluções e caminhos de regeneração social, ambiental e cultural.

O Festival Coletivo foi idealizado pela GAEL e realizado em conjunto com o Menos 1 Lixo, a mais influente plataforma de conteúdo sobre sustentabilidade no país. A curadoria é de Wagner Andrade, Fê Cortez e Karla Braga.

“O Festival Coletivo é um espaço para potencializar transformações através de relações humanas. Acreditamos que ao disseminar conhecimento e também novas experiências e perspectivas, é possível estimular um debate que se transformará em ações. O festival será anual e em 2026 está confirmada uma edição em São Paulo”, indica Wagner Andrade, CEO da Menos 1 Lixo e curador do festival.

“O principal objetivo do Festival Coletivo é inspirar as pessoas e empoderá-las como agentes de transformação. Mostrar que o engajamento individual contagia, mobiliza pessoas para atuarem em conjunto e tem um poder de impacto capaz de gerar mudanças efetivas no mundo e no futuro. Não se trata apenas de discutir metas climáticas, o que queremos é encarar as raízes profundas das crises que vivemos, e plantar, juntos, as sementes de outro mundo possível”, finaliza.

Estão confirmadas as presenças de Paul Watson, fundador da Sea Shepherd Conservation Society; Juliana Schurmann, CEO da Impact Coalition Institute; a sul-africana Thobile Chittenden, co-líder da Wellbeing Economy Alliance; Maurício Pestana, presidente do Fórum Brasil Diverso; Antonia Mascarenhas, Diretora Global de Educação da Parley For The Oceans; e Lucia Helena Galvão, filósofa e professora da organização Nova Acrópole, além de importantes vozes do território Amazônico, como Vanuza do Abacatal, Irlan Paixão, Ingrid Teles e Nanda Baniwa, primeira atleta profissional indígena de canoagem.

Este projeto é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com patrocínio da Novelis, líder mundial em laminação e reciclagem de alumínio, e realização da GAEL. O evento tem o apoio das instituições Amazônia de Pé, Brasil Diverso, COJOVEM, Instituto AKATU,Nativa, Parley for the Oceans e Sea Shepherd Brasil.

“Durante a COP30, um momento crucial para o debate global sobre as mudanças climáticas, a Novelis tem orgulho em apoiar iniciativas que promovem o diálogo e inspiram a ação coletiva rumo a um futuro mais sustentável e inclusivo. Em espaços de debates construtivos como esse, queremos reforçar o impacto positivo que é gerado pela economia circular do alumínio, um modelo de negócio que já é praticado e dá certo no Brasil, sendo um case de sucesso para o restante do mundo como uma solução rumo à descarbonização”, destaca Aline Doro, gerente de Comunicação e Responsabilidade Social da Novelis América do Sul.

Programação

O conteúdo foi pensado e organizado em 10 Eixos Regenerativos, baseados nas 17 ODS – Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável - indicadas pela ONU. O Festival Coletivo propõe uma travessia, um caminho simbólico e concreto pelos principais dilemas e esperanças do nosso tempo.

● Vitalidade – Bem-estar, saúde integral e o corpo-território

● Educação - Educar para transformar

● Visão – Inovar para servir à vida

● Humanidade – Justiça social como pilar da transição

● Alteridade – Incluir não é suficiente: é preciso descentralizar

● Terra – Cuidar dos ecossistemas é cuidar de tudo

● Unidade – Pacto social, confiança e governança

● Clima - Emergência climática é agora

● Finanças – O dinheiro precisa mudar de rota

● Semente – Proteção da infância e futuro regenerativo

Exposição Povos Amazônicos

O Festival Coletivo apresenta a exposição Povos Amazônicos, assinada por Renato Soares, fotógrafo e documentarista mineiro que se dedica há mais de 30 anos a registrar os povos originários da Amazônia e suas expressões culturais. Os visitantes serão convidados a ter uma experiência imersiva e multissensorial no espaço de exibição, onde estarão 50 fotos de tribos como os Yanomami, Yawalapiti, Kamayurá, Kuikuro, Kalapalo, Kaiapó, Tuyuka e Waurá. O ambiente irá simular uma floresta, com sons e cantos indígenas, aromas e iluminação.

As imagens selecionadas para essa exposição permitem que o público conheça diferentes momentos da vida desses povos, desde hábitos cotidianos, passando pelos significados de pinturas corporais e vestimentas até cerimônias de grandes significados.

A realização dessa mostra reflete o importante papel da arte junto às grandes questões socioambientais enfrentadas pelo mundo. Não apenas retratando ou reproduzindo imagens nesse caso, mas levando a um conhecimento mais amplo de detalhes, percepções e impactos do modo de vida de diferentes grupos, como a natureza é usada para auxiliar nas expressões culturais e como o tempo e a sazonalidade natural determinam hábitos e rituais.

Desde jovem, Renato Soares admira o universo indígena, e realizou diversas incursões para retratar as diferentes formas de expressão cultural dos grupos étnicos brasileiros.Teve uma forte relação de amizade e admiração com o sertanista Orlando Villas-Boas e registrou o Kuarup, ritual de homenagem aos mortos ilustres entre os povos do Xingu, realizado em sua homenagem. Esse material rendeu um livro e a mostra "Kuarup - A última viagem de Orlando Villas-Bôas", que passou por 12 capitais brasileiras. Fotos dessa cerimônia estarão também expostas no Festival Coletivo.

Agenda de painéis

Serão painéis diários com temas cruciais para a humanidade como justiça climática, sócio bioeconomia, transição energética justa, circularidade, negócios de impacto, mobilização coletiva, conservação, regeneração e inovação social.

É possível retirar com antecedência o ingresso digital para cada painel no site https://casabrasilcop30.com.br/, automaticamente redirecionado para a plataforma de ingressos, ou então pelo app da 4.events, disponível para IOS e Android.

Toda a programação será transmitida ao vivo no canal do Youtube do Menos 1 Lixo- https://www.youtube.com/@Menos1LixoOficial

06/11 - quinta-feira

18h - “Floresta de mulheres e vozes: guardiãs do futuro climático”

07/11 - sexta-feira

16h - “Histórias para se contar ao redor do fogo”, Renato Soares, fotógrafo e documentarista, e lideranças indígenas

09/11 - domingo

16h - “Águas que ensinam: rios e oceano como caminho de regeneração”

Antonia Mascarenhas, Diretora Global de Educação da Parley for the Oceans; Nanda Baniwa, atleta profissional indígena de Canoagem

18h - “Educação que Regenera: aprendizados vivos da floresta ao mundo”

Roberta Pantoja, orientadora educacional da Escola Bosque; Izolena Garrido, professora, artesã e líder comunitária da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro; Pedro Mota, coordenador a área de Pesquisa do Instituto COJOVEM; João do Clima, jovem ativista ambiental de 15 anos da Ilha de Caratateua, em Belém.

10/11 - segunda-feira

16h - “Produzir, usar, recomeçar: o futuro em ciclo”

Elizabeth Shie, head regional de Projetos Estratégicos da Novelis América do Su; Ingrid Teles, fundadora e CEO da Ver-o-Fruto; Wagner Andrade, CEO da Menos 1 Lixo

14/11 - sexta-feira

16h - “Ética da Vida - Saúde como ecossistema planetário”

Paul Watson, fundador da Sea Shepherd Conservation Society; Lucia Helena Galvão Maya, filósofa e professora da organização Nova Acrópole; Fe Cortez, fundadora da Menos 1 Lixo.

18h - “O poder do indivíduo na regeneração planetária: do micro ao macro” - Lançamento do livro “Menos 1 Lixo para uma vida mais sustentável”

Fe Cortez, fundadora do Menos 1 Lixo; Wagner Andrade, CEO do Menos 1 Lixo; e Lucio Vicente, diretor geral do Instituto Akatu.

15/11 - sábado

18h - “Ações Coletivas que aceleram a geração de negócios e impacto positivo”

Bénédicte Peilon, especialista em sustentabilidade e governança corporativa da NATIVA; Thobile Chittenden, co-líder da Wellbeing Economy Alliance; Stella Moisan; gerente executiva do Centro de Pesquisas Avançadas da Universidade Católica do Maule (Chile); Juliana Schurmann, CEO da Impact Coalition Institute

17/11 - segunda-feira

18h - “Transição para quem? Raça, consumo e justiça climática no Brasil real”

Mauricio Pestana, CEO e fundador do Fórum Brasil Diverso; Vanuza do Abacatal, líder quilombola; Gabriel Conrado @eguapreto, mestre em Ciência Política e ativista digital; e Zelia Amador, Fundadora do Centro de Estudos e de Defesa do Negro no Pará

18/11 - terça-feira

16h - “Juventudes como sementes de mudança”

Marcele Oliveira, Jovem Campeã Climática da COP30, fundadora da coalizão O Clima é de Mudança e diretora do Perifalab; Karla Braga, fundadora e diretora executiva da COJOVEM, embaixadora Jovem da ONU; Irlan Paixão, liderança da COJOVEM, transativista para questões climáticas; Ana Luiza Luz, quilombola do Maranhão e liderança da COJOVEM.

20/11 - quinta-feira

16h - “O dinheiro que volta pra floresta: finanças regenerativas para uma transição justa”