Forças Armadas se unem para garantir a segurança da COP 30 em Belém

Com a proximidade da COP 30, que será realizada em novembro em Belém, Exército, Marinha e Aeronáutica começam a organizar um esquema especial de segurança. As três forças vão atuar de forma integrada por meio do Comando Operacional Conjunto Marajoara, estrutura criada exclusivamente para coordenar ações durante o evento climático de maior importância global.

A reunião de abertura dos trabalhos acontece nesta segunda-feira (9), no Comando Militar do Norte, com a presença de militares das três forças armadas. A ideia é colocar em prática a Portaria nº 2263 do Ministério da Defesa, que autoriza o emprego das Forças Armadas em apoio à segurança da COP.

Apesar de temporário, o Comando Marajoara terá um papel estratégico: ele funcionará entre os dias 4 e 23 de novembro, período que compreende não apenas os dias da conferência, mas também os momentos que antecedem e sucedem o evento, para garantir a segurança completa de autoridades e da população.

O Exército ficará responsável pela organização do comando, que contará também com a participação de policiais e agentes de segurança pública. A atuação será reforçada com forças especializadas em defesa antiaérea, guerra eletrônica, segurança cibernética, combate a drones e até operações antiterrorismo. Também estão previstas equipes de inteligência, motociclistas para escoltas e unidades preparadas para lidar com ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.

A operação não é inédita: o modelo segue os moldes do que foi feito durante o G20, no início deste ano. Desde o começo de 2024, um grupo de trabalho já vem articulando ações conjuntas entre os militares e outras instituições envolvidas com a COP 30. Essa articulação busca garantir que todos os protocolos estejam alinhados e que haja planos de contingência bem definidos para qualquer situação de emergência.

O planejamento do Comando Marajoara segue até o dia 17 de junho no Quartel General Integrado, em Belém. Depois disso, cada força seguirá com seus próprios planos táticos, de acordo com sua área de atuação. A expectativa é que esse trabalho conjunto garanta um evento seguro e organizado, diante da visibilidade internacional que a COP 30 trará para o Brasil e, especialmente, para a capital paraense.