Justiça decreta prisão preventiva de suspeito pela morte da companheira em Santarém

Decisão foi tomada após pedido da Polícia; crime provocou forte comoção e protestos na cidade.

Publicado em 28 de dezembro de 2025 às 08:58

Caso chocou Santarém neste sábado - 
Caso chocou Santarém neste sábado -  Crédito: Redes sociais

A Justiça determinou a prisão preventiva do principal suspeito de ter matado a própria companheira em Santarém, no oeste do Pará. A decisão judicial autoriza que qualquer autoridade policial efetue a prisão do investigado, que deve ser conduzido imediatamente à delegacia para os trâmites legais. O caso gerou grande repercussão e revolta entre moradores do município.

O suspeito, identificado como Wandonaide Neves Diniz, havia se apresentado espontaneamente à polícia no início da tarde, acompanhado de um advogado, e chegou a ser liberado. No entanto, por volta das 21h, o juiz de plantão atendeu a um pedido da Polícia Civil e expediu o mandado de prisão preventiva. Cerca de uma hora depois, a ordem judicial foi cumprida.

Após a prisão, Wandonaide foi encaminhado para a Penitenciária de Santarém, onde permanecerá à disposição da Justiça enquanto as investigações avançam. A detenção é vista pelas autoridades como uma resposta à intensa comoção popular registrada desde que o crime veio a público.

De acordo com informações da Polícia Militar, o corpo da vítima foi localizado por familiares sobre uma cama, dentro de um imóvel situado na rua Salinas. No local também funcionava uma fábrica de móveis planejados. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, ao chegar, apenas pôde constatar a morte.

Ainda segundo relatos colhidos pelos investigadores, momentos antes de morrer, a mulher teria ligado para a irmã pedindo ajuda e afirmando que se sentia ameaçada. Apesar da tentativa de socorro, a familiar chegou à residência quando a vítima já estava sem vida.

Os primeiros levantamentos feitos no local indicam sinais compatíveis com asfixia, além de marcas de agressão e vestígios de sangue. No entanto, a causa oficial da morte só será confirmada após a conclusão do laudo pericial.

Testemunhas relataram à polícia que o suspeito esteve no imóvel diversas vezes desde a noite anterior ao crime. Após o ocorrido, ele teria deixado a região com a ajuda de um parente, que afirmou às autoridades não saber da gravidade da situação no momento em que prestou auxílio.