Parte dos alvos de megaoperação no RJ é do Pará, diz investigação

Pelo menos 30 paraenses estão entre os investigados por ligação com o Comando Vermelho em operação que mirou chefes e operadores da facção no Rio de Janeiro

Publicado em 28 de outubro de 2025 às 13:40

Pelo menos 30 paraenses estão entre os investigados por ligação com o Comando Vermelho em operação que mirou chefes e operadores da facção no Rio de Janeiro
Pelo menos 30 paraenses estão entre os investigados por ligação com o Comando Vermelho em operação que mirou chefes e operadores da facção no Rio de Janeiro Crédito: Reprodução 

A megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, teve alvos de vários estados do país, incluindo o Pará. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), pelo menos 30 investigados paraenses estão entre os procurados por ligação com o Comando Vermelho (CV).

De acordo com as investigações, os paraenses seriam responsáveis por dar suporte logístico e financeiro à expansão da facção em outras regiões, especialmente no Sudeste. Parte deles teria ligação direta com lideranças do CV que controlam áreas estratégicas do tráfico no Rio.

A ação faz parte da Operação Contenção, conduzida após um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Gaeco/MPRJ. Ao todo, 100 mandados de prisão foram expedidos, e 67 pessoas foram denunciadas por associação ao tráfico, entre elas, nomes que teriam ajudado na distribuição de drogas e armas entre o Rio, o Norte e o Nordeste do país.

O MPRJ aponta ainda que o Complexo da Penha se tornou uma das principais bases do projeto de expansão do Comando Vermelho, que vem conquistando áreas dominadas por milícias. Entre os denunciados estão Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, identificado como o principal chefe do CV na região, e Nicolas Fernandes Soares, seu operador financeiro.

As autoridades afirmam que o grupo atuava em redes interestaduais, aproveitando a estrutura de rotas de tráfico que passam pelo Pará para escoar drogas e armamentos até o Rio de Janeiro. As investigações seguem em andamento para localizar os demais foragidos.

Com informações do G1