Prefeita de Marituba denuncia ataque político após vazamento de vídeo íntimo
Patrícia Alencar classificou a divulgação como criminosa e afirmou ser vítima de machismo estrutural por atuar na política. Caso ganhou repercussão nas redes sociais.
Publicado em 5 de junho de 2025 às 23:29
A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar (MDB), denunciou nesta quinta-feira (5) o vazamento de um vídeo íntimo de sua autoria, divulgado sem consentimento nas redes sociais. Em nota enviada à imprensa, a gestora afirmou que o caso se trata de um ataque político motivado por práticas machistas que ainda persistem no ambiente público, especialmente contra mulheres que ocupam cargos de poder.
Segundo a assessoria da prefeita, o conteúdo foi publicado originalmente em um perfil pessoal, com acesso restrito a 186 seguidores (@patriciaalencarp). A gravação, conforme descrito na nota, foi capturada ilegalmente por meio da gravação da tela de um celular e, em seguida, compartilhada por terceiros sem qualquer autorização.
“A respeito do lamentável exposed criminoso que vitimou a prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, é necessário esclarecer os fatos e repudiar veementemente a forma como o conteúdo vem sendo exposto e violentando mais uma mulher brasileira”, diz o comunicado.
O texto reforça que a divulgação do material configura violação da intimidade e da privacidade, além de ser um crime previsto em lei. “A gravação e reprodução não autorizadas configuram violação clara da intimidade, da privacidade e dos direitos fundamentais de qualquer cidadão exercendo quaisquer profissões.”
A nota oficial também destaca o caráter machista da exposição, apontando que o episódio foi explorado de forma distorcida, com o objetivo de atingir politicamente a prefeita. “Mais grave ainda é a maneira como o episódio tem sido explorado e deturpado: como característica do machismo estrutural, transformando uma ação privada em instrumento de ataque político baseado em assédio e violência de gênero.”
Patrícia Alencar é empresária, mãe e foi reeleita com 71,36% dos votos em Marituba, na Região Metropolitana de Belém. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, especialmente após o conteúdo ser redistribuído sem autorização na última quarta-feira (4), gerando críticas e comentários misóginos.
