Suspeitos de pichar patrimônio histórico de Belém são identificados e investigados por crime ambiental

Trio envolvido em pichações no entorno do Forte do Presépio, na Cidade Velha, já prestou depoimento à Polícia Civil.

Publicado em 9 de julho de 2025 às 17:21

Suspeitos de pichar patrimônio histórico de Belém são identificados e investigados por crime ambiental
Suspeitos de pichar patrimônio histórico de Belém são identificados e investigados por crime ambiental Crédito: Reprodução/PC-PA

Todos os três suspeitos de envolvimento na pichação de um dos pontos históricos mais importantes de Belém já foram identificados e ouvidos pela Polícia Civil do Pará. O último deles se apresentou espontaneamente na Delegacia de Repressão a Crimes contra o Ordenamento Urbano e Patrimônio Cultural, nesta quarta-feira (09), e optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório.

A investigação, conduzida pela unidade vinculada à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), busca esclarecer os atos de vandalismo ocorridos na madrugada do último sábado (05), quando trechos de calçamento e pedras tombadas no entorno do Forte do Presépio, na Cidade Velha, foram pichados. O local é protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e reconhecido como símbolo da fundação da capital paraense.

De acordo com o delegado Edson Azevedo, titular da especializada, a rápida resposta das equipes permitiu a identificação dos responsáveis em poucos dias. “Realizamos o cruzamento de informações a partir de fontes abertas e fechadas, o que nos possibilitou identificar e ouvir todos os envolvidos. Agora aguardamos os laudos periciais para concluir o inquérito e remeter à Justiça”, afirmou.

Durante as oitivas, um dos suspeitos entregou voluntariamente uma caneta do tipo ‘Solid Marker’, supostamente usada nas pichações. O material foi apreendido e será submetido à perícia técnica. Também está em análise o laudo oficial produzido no local dos fatos.

Os três investigados poderão responder por pichação em bem tombado, crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605/98), com pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa. Caso haja comprovação de dano ao patrimônio público, o grupo poderá ser autuado por dano qualificado (artigo 163 do Código Penal). Se for constatado que agiram em conjunto de forma organizada, a acusação poderá incluir também associação criminosa, cuja pena é de até três anos de prisão.

A Polícia Civil segue apurando o caso e reforça que denúncias sobre crimes contra o patrimônio podem ser feitas de forma anônima pelo Disque-Denúncia, no número 181.