Publicado em 8 de julho de 2025 às 07:29
A Polícia Civil do Pará identificou os três suspeitos de envolvimento na pichação de uma área tombada no bairro da Cidade Velha, em Belém. A ação criminosa ocorreu na madrugada do último sábado (5), nas proximidades do Forte do Castelo, um dos principais pontos turísticos e históricos da capital paraense.
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Segundo a Delegacia de Repressão a Crimes contra o Ordenamento Urbano e Patrimônio Cultural, vinculada à Demapa (Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal), um dos envolvidos já compareceu à delegacia na segunda-feira (7), prestou depoimento, confessou o ato e indicou os outros dois suspeitos.>
De acordo com o delegado Edson Azevedo, diretor da Demapa, as pichações aconteceram após uma discussão durante um evento na Feira do Açaí. Na ocasião, um dos homens foi advertido por colar adesivos em uma estrutura tombada. Em seguida, ele e os outros dois suspeitos teriam pichado uma pedra histórica e parte dos passeios públicos da região.>
“As assinaturas deixadas nas pichações foram identificadas como ‘PTCK’, ‘SANTOS’ e ‘GABZ’. Nossas equipes cruzaram dados de fontes abertas e sigilosas para chegar aos nomes dos envolvidos”, explicou o delegado.>
Os três suspeitos vão responder pelo crime de pichação em bem tombado, previsto no artigo 65, parágrafo 1º, da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que estabelece pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.>
Caso fique comprovado que houve dano ao patrimônio, eles também poderão ser enquadrados por dano qualificado, com base no artigo 163, inciso III, do Código Penal, cuja pena varia de seis meses a três anos de detenção. Se confirmada a ação conjunta de forma organizada, o trio ainda poderá ser indiciado por associação criminosa, com pena de um a três anos de reclusão.>
A Polícia Civil reforça que pichar monumentos históricos não é apenas uma infração administrativa, mas um crime ambiental que atinge diretamente a memória coletiva e a identidade cultural da cidade. A população pode colaborar com informações pelo Disque-Denúncia, no número 181.>
“O patrimônio histórico conecta o passado ao presente e precisa ser respeitado. Seguiremos firmes na responsabilização dos envolvidos”, afirmou o delegado Edson Azevedo.>