Veja o que se sabe sobre a morte de torcedor do Remo no estacionamento do Mangueirão após Re-Pa

Após o clássico Re-Pa, na noite do último domingo, 7, que terminou com vitória para o Paysandu, um torcedor do Remo foi baleado e morreu no estacionamento do lado A do Estádio Mangueirão em Belém. A morte, provocada por uma briga de torcida organizada, gerou tumulto e dúvidas sobre as possíveis motivações.

A vítima fatal foi identificada como Paulo Alexandre da Silva Dias, de 30 anos.

O perito João Elias revelou que, no fim da partida, houve uma discussão entre torcedores do Clube do Remo, local onde estava Paulo Alexandre, que começou na arquibancada e se estendeu até o estacionamento do estádio, mais especificamente no lado A, que fica de frente para a avenida Augusto Montenegro, onde a fatalidade aconteceu.

João Elias afirma que Paulo Alexandre foi atingido no pescoço por uma arma de fogo de calibre .40, destacando que, na ocasião, muitos disparos foram feitos mas apenas um atingiu o torcedor que caiu na hora. No local, também foram encontrados as cápsulas de bala. O perito explica que o atirador estaria de frente para o Mangueirão quando fez os disparos: 'Normalmente a pistola ejeta os estojos para o lado direito, então provavelmente o atirador estava de frente para o estádio'.

Nas redes sociais, o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho (MDB); o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), os clubes Remo e Paysandu, que duelavam na noite do crime, se manifestaram sobre a morte do torcedor e lamentaram a violência nos estádios. A Federação Paraense de Futebol (FPF) também lamentou o ocorrido com uma nota de repúdio.

O corpo de Paulo Alexandre da Silva Dias foi liberado para a família pelo Instituto Médico Legal (IML) no final da manhã de segunda-feira, 8.

Paulo Alexandre da Silva Dias foi velado na segunda-feira, 8, na Capela dos Capuchinhos, na avenida Conselheiro Furtado, no bairro do Guamá. Já seu sepultamento aconteceu nesta terça, 9, no Cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia. O enterro foi marcado por homenagens de outros torcedores. Em entrevista ao Portal Roma News, o tio de Paulo, Ricardo Cardoso Dias, falou sobre a perda repentina para família e desejou que o culpado pelo disparo seja punido.

Ainda no domingo, 7, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) recebeu informações de que o autor dos disparos seria um policial após identificação da placa de um veículo utilizado pelo homem. Na segunda-feira, 8, a Segup confirmou que o suspeito foi identificado como o 3º sargento da Polícia Militar Cristóvão Augusto Alcântara Evangelista, em reserva remunerada desde o ano de 2022. O caso é investigado pela Polícia Civil. Embora Cristóvão tenha feito diversos disparos durante a briga entre torcedores, segundo a perícia, apenas um deles atingiu Paulo Alexandre, na região do pescoço.

Dois dias após ser identificado pela Segup, o PM se entregou à Polícia no final da manhã de terça-feira, 9.