Publicado em 12 de agosto de 2025 às 14:41
Em um país em constante transformação, no qual novas tecnologias e modelos de trabalho exigem habilidades cada vez mais diversas, buscar recolocação profissional deixou de ser apenas uma etapa técnica e se tornou um processo estratégico e, por vezes, emocional. Isso porque um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado no último ano, revelou que quase um terço dos profissionais brasileiros sente medo de ser demitido, refletindo o quanto a instabilidade profissional pode pesar na saúde mental. >
Segundo Rennan Vilar, diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional, estar empregado é, ao mesmo tempo, uma questão de sobrevivência financeira e uma forma de restaurar a confiança e o sentido de pertencimento social. >
“A recolocação profissional não é apenas sobre conseguir um novo emprego. Esse é, sim, um processo difícil, que mexe com a identidade e o emocional de quem está vivendo isso, mas também pode ser um ponto de virada quando se consegue voltar ao mercado com mais consciência e, principalmente, com mais força para reivindicar um posto de trabalho seguro e digno”, afirma. >
A seguir, o executivo aponta 5 passos fundamentais para quem deseja voltar ao mercado de trabalho com mais preparo, propósito e equilíbrio emocional! >
Ao perder o emprego, é comum que o profissional entre em modo de urgência e comece a se candidatar a qualquer vaga disponível, mas esse impulso pode ser prejudicial. De acordo com Rennan Vilar, os erros mais frequentes cometidos por quem busca recolocação são: >
Segundo Rennan Vilar, a “pressa, nesse momento, é inimiga da estratégia. É preciso respirar, se reorganizar e entender que recolocar-se bem exige mais do que sorte, exige foco e direção”, orienta o diretor de Pessoas e Cultura . >
Antes de pensar em candidaturas, é essencial compreender o que se espera de um novo emprego. “Saber o que você faz bem é importante, mas saber o que o move é essencial”, afirma Rennan Vilar. Isso significa entender que tipo de ambiente favorece sua produtividade, quais valores são inegociáveis e que tipo de liderança o estimula a crescer. O executivo sugere que o profissional se faça perguntas como: >
Esse exercício de autoconhecimento ajuda a filtrar melhor as oportunidades e a se apresentar de forma mais segura e coerente durante os processos seletivos. >
Com a evolução da tecnologia e o uso de inteligência artificial em recrutamento, o currículo ganhou ainda mais importância, mas exige novas abordagens. Segundo Rennan Vilar, currículos genéricos e extensos tendem a ser descartados com rapidez. >
“Hoje, o que mais se valoriza é a clareza. Um bom currículo destaca resultados, traz dados objetivos e está alinhado com a linguagem da vaga. Não é sobre quantidade de experiências, e sim sobre qualidade e impacto”, reforça o especialista. >
A entrevista continua sendo uma das etapas mais decisivas e, para muitos, a mais temida. Porém, segundo Rennan Vilar, ela deve ser encarada como um momento de troca, e não apenas de julgamento — uma oportunidade de aprofundar o contato. “É a chance de mostrar quem você é além do currículo. A empresa quer entender se você tem aderência à cultura, se sabe se comunicar e se está preparado para o desafio”, explica o executivo. >
A jornada da recolocação pode ser longa, instável e emocionalmente exaustiva. Por isso, Rennan Vilar alerta que cuidar da saúde mental é essencial para manter a constância e a clareza. “Muitas pessoas se sentem perdidas ou inadequadas durante a transição. Mas é importante lembrar: estar em busca de uma nova oportunidade não é fracasso, é movimento. E movimento é sinal de vida”, reforça. >
Voltar ao mercado de trabalho exige autoconhecimento, paciência e estudo. “A recolocação é o início de um novo ciclo. Quando ela é feita com propósito, alinhada com valores e fortalezas reais, não só leva você de volta ao mercado, como transforma sua forma de estar nele”, conclui Rennan Vilar. >
Por Nayara Campos >