Publicado em 26 de novembro de 2025 às 17:17
A arrecadação de impostos pelo governo federal teve um salto de 16,3% em 2024, totalizando R$ 3,013 trilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26) no relatório "Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária do Governo". Este crescimento reflete uma melhora significativa nas receitas, que também incluem contribuições sociais e outros fatores, como transferências e juros.>
As contribuições sociais, que representam uma importante fonte de receita, cresceram 8,2% em 2024, somando R$ 878 bilhões. De maneira geral, a receita do governo aumentou 12,7%, enquanto as despesas tiveram uma alta mais modesta de 8,5%. Isso ajudou a reduzir a necessidade de financiamento do governo em 12,2% em relação a 2023.>
O aumento na arrecadação se refletiu em diversas categorias de impostos. Os tributos sobre comércio e transações internacionais tiveram a maior alta, de 32,4%, impulsionados principalmente pelo aumento das alíquotas do Imposto de Importação e pela valorização do dólar. Os impostos sobre bens e serviços subiram 19,0%, com destaque para a arrecadação da Cofins sobre combustíveis. Já os impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital cresceram 13,3%, devido a mudanças na tributação de fundos de investimento e atualizações de bens no exterior.>
Além disso, houve um aumento de 8,8% nos impostos sobre a propriedade, como o ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), que subiu 19,1%, e o ITBI (Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis), que teve alta de 17,7%.>
Por outro lado, as despesas também aumentaram, especialmente com benefícios previdenciários e assistenciais, que subiram 6,0%. Dentro dessa categoria, os benefícios assistenciais para idosos e pessoas com deficiência tiveram uma alta de 18,2%. O relatório também destaca que o aumento das despesas poderia ter sido ainda maior se não fosse o pagamento de cerca de R$ 90 bilhões em precatórios em 2023.>