Desemprego cai para 5,2% em novembro e atinge menor nível da história do IBGE

Brasil registra queda no número de desocupados e bate recorde de empregos com carteira assinada

Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 17:27

Brasil registra queda no número de desocupados e bate recorde de empregos com carteira assinada
Brasil registra queda no número de desocupados e bate recorde de empregos com carteira assinada Crédito: Reprodução

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro, o menor índice desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e mostram um mercado de trabalho aquecido, com mais pessoas empregadas e renda em alta.

Atualmente, cerca de 5,6 milhões de brasileiros estão sem trabalho, número que representa uma queda de 7,2% em relação ao trimestre anterior e de 14,9% na comparação com o mesmo período de 2024. Isso significa quase 1 milhão de pessoas a menos procurando emprego no país.

A população ocupada chegou a 103 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica. O crescimento foi de 0,6% no trimestre e de 1,1% em um ano, com a criação de aproximadamente 1,1 milhão de vagas. Com isso, o nível de ocupação atingiu 59% da população em idade de trabalhar, o maior já registrado.

Outro destaque foi o número de trabalhadores com carteira assinada, que alcançou 39,4 milhões, também um recorde histórico. Em relação a 2024, houve aumento de 2,6%, com cerca de 1 milhão de novas contratações formais. Já o número de trabalhadores sem carteira assinada caiu 3,4% no período.

O setor público e os trabalhadores por conta própria também bateram recordes, com 13,1 milhões e 26 milhões de pessoas, respectivamente. Segundo o IBGE, áreas como administração pública, saúde e educação puxaram a geração de vagas, influenciadas por renovações contratuais comuns no fim do ano.

A taxa de informalidade ficou em 37,8%, equivalente a 38,8 milhões de pessoas. Já o número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar trabalho, caiu para 2,6 milhões, o menor patamar desde 2015.

Além do avanço no emprego, a renda do trabalhador também cresceu. O rendimento médio real chegou a R$ 3.574, alta de 1,8% no trimestre e de 4,5% em um ano. A massa de rendimentos somou R$ 363,7 bilhões, outro recorde, reforçando o cenário de melhora no mercado de trabalho brasileiro.