Publicado em 16 de julho de 2025 às 10:36
A Nissan, montadora japonesa está enfrentando uma das maiores crises de sua história. Recentemente, a gigante anunciou o fechamento de uma de suas fábricas mais tradicionais. A unidade, localizada na cidade de Yokosuka, nas proximidades de Tóquio, no Japão, opera desde 1961 e já produziu mais de 17,8 milhões de veículos. O encerramento das atividades está previsto para ocorrer até março de 2028.>
A medida integra um plano de reestruturação global da empresa, que inclui cortes de custos, redução da capacidade de produção e reorganização de sua presença em mercados estratégicos. Com o fechamento, cerca de 2,4 mil trabalhadores podem ser demitidos. A produção será transferida para a unidade de Fukuoka, no sul do Japão.>
Conforme o diretor-presidente Ivan Espinosa, que assumiu o comando da Nissan em abril deste ano, as medidas são consideradas "duras, porém, necessárias" para a sobrevivência da companhia. A montadora já havia anunciado a intenção de reduzir cerca de 20 mil empregos em todo o mundo até 2028.>
No primeiro trimestre de 2025, a Nissan registrou prejuízo de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões). Para conter as perdas, a empresa pretende reduzir sua capacidade global de produção de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos por ano, diminuindo o número de fábricas de 17 para apenas 10.>
As ações da montadora fecharam em queda de 1,32% na Bolsa de Valores de Tóquio nesta quarta-feira (16).>
Fusão com a Honda fracassou>
Uma possível fusão com a Honda, que chegou a ser considerada uma solução para os problemas da Nissan, não se concretizou. As negociações começaram em dezembro de 2024, mas foram encerradas oficialmente em fevereiro deste ano. A proposta da Honda incluía transformar a Nissan em uma subsidiária integral, o que foi rejeitado pela empresa.>
Apesar do fim das conversas, as duas montadoras devem manter a parceria em desenvolvimento de tecnologias automotivas, anunciada em agosto do ano passado. Também foi cogitado um investimento da Tesla, de Elon Musk, mas o acordo não avançou.
Com informações do Metrópoles>