Morre Tatsuya Nagamine, diretor que redefiniu a linguagem visual de One Piece e Dragon Ball Super

A indústria dos animes perdeu, um de seus nomes mais inventivos. Tatsuya Nagamine, diretor responsável por transformar a estética e a narrativa de grandes franquias japonesas, teve sua morte confirmada aos 53 anos. A notícia comoveu fãs, artistas e estúdios que acompanharam de perto o avanço da animação sob sua assinatura.

O trabalho de Nagamine ganhou notoriedade especialmente por sua atuação em One Piece, onde conduziu arcos que se tornariam marcos da saga. Entre eles estão Wano Kuni e Egghead Island, duas etapas que elevaram o padrão técnico da série e consolidaram a fase contemporânea do anime como uma das melhor avaliadas de sua história. Seu olhar para coreografias de ação, fluidez de movimentos e ritmo narrativo ajudou a redefinir a experiência visual da produção.

A contribuição do diretor também se estendeu para os cinemas. Em One Piece Film Z, considerado um dos filmes mais bem-sucedidos da franquia, Nagamine imprimiu seu estilo de câmera dinâmica e cenas de combate elaboradas, elementos que passaram a inspirar outros projetos derivados do anime.

Seu alcance, no entanto, não se limitou ao universo dos piratas criados por Eiichiro Oda. O diretor foi igualmente celebrado por sua influência em Dragon Ball Super, tanto na série televisiva, da qual esteve à frente a partir do episódio 71, quanto no longa Dragon Ball Super: Broly. Lançado em 2018, o filme reintroduziu o personagem Broly em nova abordagem e se destacou pela qualidade técnica, conquistando recordes de bilheteria e reconhecimento internacional.

Nagamine se tornou referência para uma geração de animadores ao conciliar fidelidade ao material original com uma identidade visual ousada, capaz de atualizar universos consolidados sem perder sua essência. Sua morte deixa uma lacuna significativa no mercado, mas seu legado permanece impresso em algumas das produções mais marcantes da animação japonesa.