Publicado em 2 de novembro de 2025 às 21:43
O famoso veleiro Kat, da família Schürmann, ancorou em Belém na tarde deste domingo (2) e vai permanecer no píer da Casa das Onze Janelas até o dia 22 de novembro. Nesse período, o espaço será tomado pelo projeto Casa Vozes do Oceano, que propõe um mergulho entre arte, ciência e consciência ambiental.
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A iniciativa, realizada pelo Instituto Voz dos Oceanos, tem apoio do Governo do Pará e do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma). A temporada em Belém marca o encerramento da primeira volta ao mundo do projeto, que percorreu diferentes países levando uma mensagem sobre a urgência em proteger os oceanos.>
A programação, aberta ao público a partir da próxima quarta-feira (5), vai incluir exposições, exibições de filmes, palestras e experiências interativas. Uma das mostras será do fotógrafo paraense Luiz Braga, com a exposição “Do Rio ao Mar”, que dialoga com a ideia de conectar a Amazônia às águas do oceano.>
A secretária de Cultura, Ursula Vidal, destacou a importância de trazer o tema para o coração da cidade. “Temos uma Amazônia costeira que precisa do nosso cuidado, especialmente nas áreas de manguezais. A intervenção artística feita por artistas paraenses amplia essa experiência para além da ciência, ela nos provoca reflexões estéticas e emocionais”, afirmou.>
O velejador e cineasta David Schürmann, CEO do Instituto Voz dos Oceanos, disse que o objetivo é fazer da Casa das Onze Janelas um espaço acessível e inspirador. “Montamos uma casa que fosse para todos. Vai ter cinema, palestras, exposições e uma experiência imersiva que leva as pessoas para debaixo d’água. Foi incrível o acolhimento que recebemos aqui em Belém”, contou.>
Além das atividades dentro da Casa, o público também poderá visitar o próprio veleiro Kat. As visitas serão organizadas em pequenos grupos e terão dias específicos que serão divulgados nos próximos dias.>
A curadoria artística da ocupação é assinada por Roberta Carvalho, que reuniu artistas paraenses em intervenções inspiradas em temas como o branqueamento dos corais e as mudanças climáticas. “Falar de oceano é falar de vida. E trazer essa conversa para Belém, às vésperas de tantos debates sobre justiça climática, é essencial”, destacou.>
Com 50 instituições envolvidas e entrada gratuita, a Casa Vozes do Oceano promete transformar o espaço histórico em um ponto de encontro entre cultura, ciência e ativismo, tudo com o olhar voltado para o futuro dos mares e da Amazônia.>