Publicado em 17 de maio de 2025 às 20:10
O afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pode desencadear uma crise sem precedentes no futebol nacional, e com repercussões globais. A medida, motivada por uma suposta falsificação de assinatura, levanta um alerta vermelho para a FIFA e a CONMEBOL, que há tempos monitoram o cenário político da entidade brasileira.>
Segundo os regulamentos da FIFA, qualquer “influência indevida de terceiros” — especialmente de órgãos judiciais ou estatais — na gestão das federações nacionais é proibida e passível de punição. Em casos extremos, essas sanções podem incluir desde multas até a suspensão de seleções e clubes de competições internacionais.>
Na prática, isso significa que clubes como Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras podem serem impedidos de disputar o Mundial de Clubes deste ano. Pior ainda: a Seleção Brasileira pode ficar de fora da próxima Copa do Mundo, marcada para 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá.>
A preocupação foi reforçada por uma carta enviada pelo próprio Ednaldo Rodrigues ao Supremo Tribunal Federal (STF), na qual o ex-presidente da CBF solicita o cancelamento da nova eleição marcada pela entidade. No documento, Rodrigues alerta para o risco de violação da autonomia exigida pela FIFA, destacando que a entidade e a CONMEBOL já haviam feito alertas prévios contra qualquer tipo de intervenção externa.>
Caso a FIFA entenda que a decisão judicial representa interferência indevida, a sanção pode ser imediata. Exemplo recente foi o da Federação do Quênia, que chegou a ser suspensa em 2022 por motivos semelhantes, tendo sido readmitida somente após ajustes internos.>
Diante do impasse, cresce a expectativa de um posicionamento formal da FIFA nos próximos dias. Enquanto isso, o futebol brasileiro vive um momento de incerteza, no qual decisões políticas e jurídicas podem custar caro em campo.>