Entenda como funciona o protocolo antirracismo da Fifa, após caso em jogo do Real Madrid

A cena trouxe à tona o novo Código Disciplinar da entidade, que entrou em vigor este ano com punições mais duras para episódios de racismo

Publicado em 22 de junho de 2025 às 19:36

Ramon Abatti Abel foi notificado de que houve uma ofensa racista no campo
Ramon Abatti Abel foi notificado de que houve uma ofensa racista no campo Crédito: Reproução / X

O final da partida entre Real Madrid e Pachuca, neste domingo (22), pelo Mundial de Clubes, foi marcado por uma denúncia grave. O zagueiro alemão Antonio Rüdiger apontou ter sido alvo de uma ofensa racista por parte do defensor argentino Gustavo Cabral. O árbitro interrompeu o jogo por alguns minutos, seguindo o procedimento recomendado pela Fifa em casos de discriminação.

A cena trouxe à tona o novo Código Disciplinar da entidade, que entrou em vigor este ano com punições mais duras para episódios de racismo. O documento estabelece um protocolo de três etapas: primeiro, o árbitro deve parar o jogo e fazer um anúncio oficial pedindo o fim das ofensas. Se o comportamento persistir, a partida é suspensa temporariamente. Caso o problema continue, o jogo pode ser encerrado de forma definitiva.

A Fifa também ampliou o poder de denúncia. Agora, qualquer jogador ou oficial presente pode relatar um ato discriminatório diretamente ao árbitro, que tem obrigação de aplicar o protocolo.

As sanções financeiras também ficaram mais rigorosas. Clubes e federações envolvidos em casos de racismo podem sofrer multas que vão de 20 mil a até 5 milhões de francos suíços (cerca de R$ 137 mil a R$ 34 milhões). Em situações mais graves ou de reincidência, estão previstas medidas esportivas severas, como jogos com portões fechados, perda de pontos ou até exclusão de competições.