Publicado em 16 de maio de 2025 às 18:22
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mergulha em mais um capítulo de instabilidade institucional após o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência, determinado na última quinta-feira (15) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O dirigente é suspeito de falsificar uma assinatura no acordo que havia sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que o mantinha no cargo desde dezembro de 2023, quando já havia sido afastado pela primeira vez.>
Com o novo desdobramento, fontes internas ouvidas pelo jornalista Benjamin Back afirmam que o retorno de Ednaldo ao cargo é considerado “muito pouco provável”. O cenário tem provocado incertezas não apenas nos bastidores da entidade, mas também sobre os rumos da Seleção Brasileira.>
Entre os temas mais discutidos, está a possível chegada do técnico Carlo Ancelotti, atualmente no comando do Real Madrid. Back questiona a viabilidade do acordo em meio à crise: “Será que o Ancelotti vem mesmo? Ele está falando assim, ‘será que vou’? Teremos uma nova eleição na CBF. E quem diz que o próximo presidente quer o Ancelotti?”, provocou. Para o jornalista, é difícil imaginar que o treinador trocaria “o maior clube do mundo, estruturado e sem polêmicas” por uma seleção em meio ao caos político.>
Nos bastidores, a movimentação é intensa. Segundo Back, pelo menos 19 presidentes de federações estaduais estariam exigindo novas eleições, o que indicaria um rompimento interno com Ednaldo. “Se esses mesmos que o aclamaram já estão pedindo novas eleições, então é sinal que realmente a volta de Ednaldo é impossível”, declarou.>
A presidência da CBF, historicamente marcada por disputas políticas e interesses milionários, volta ao centro de um furacão. “A CBF é uma entidade multimilionária, que recebe patrocínios gigantescos. Ela comanda o futebol brasileiro e é muito poderosa”, pontuou Back.>
Em meio a uma sucessão de incertezas, o futebol brasileiro observa, mais uma vez, sua principal instituição ser sacudida por conflitos internos e decisões judiciais, um retrato preocupante para o futuro da Seleção e do esporte nacional.>