Publicado em 11 de agosto de 2025 às 15:13
A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um formato de gestão que transforma o departamento de futebol de um clube em uma empresa independente. Criada no Brasil pela Lei 14.193/2021, a proposta busca profissionalizar a administração, atrair investimentos e facilitar a solução de dívidas, separando a área esportiva do patrimônio social e histórico da instituição.>
Adversário de Remo e Paysandu na Série B, o Amazonas foi o último clube das duas divisões mais importantes do futebol brasileiro a aderir. A principal mudança em relação ao modelo associativo é essa divisão: o clube mantém sua parte social e tradições, enquanto a SAF concentra as operações do futebol. Isso garante mais autonomia administrativa, maior transparência e abre espaço para que investidores adquiram participação, compartilhando receitas e resultados.>
Quando um clube adota a SAF, suas atividades de futebol são transferidas para a nova empresa, que passa a ser gerida como qualquer sociedade empresarial, com executivos, conselhos e responsabilidades jurídicas próprias. Essa estrutura permite captar recursos no mercado, vender ações e receber aportes financeiros diretos.>
A lei determina que 20% da receita bruta da SAF seja direcionada ao pagamento das dívidas do clube original por até 10 anos. Embora as dívidas antigas não sejam de responsabilidade direta da nova empresa, ela pode negociar acordos para quitá-las, garantindo maior viabilidade financeira.>
No Brasil, diversos clubes de futebol transformaram-se em Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), com o objetivo de atrair investimentos e profissionalizar a gestão. Alguns dos clubes que adotaram esse modelo são: Atlético Mineiro, Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Vasco da Gama, todos na Série A do Campeonato Brasileiro. Além desses, outros clubes como Coritiba, Cuiabá, e diversos clubes de outras divisões também aderiram à SAF.>