Treinador do Remo lamenta morte de Diogo Jota: 'Estamos em trânsito para a morte'

António Oliveira relembra trajetória do atacante português, que morreu ao lado do irmão, e pede mais empatia e valorização da vida.

Publicado em 4 de julho de 2025 às 08:41

António Oliveira lamentou a morte do também portugês Diogo Jota - 
António Oliveira lamentou a morte do também portugês Diogo Jota -  Crédito: Redes sociais

Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (3), o técnico António Oliveira, do Remo, interrompeu a preparação para o próximo jogo pelo Brasileirão para prestar uma homenagem emocionada ao atacante Diogo Jota, que morreu em um acidente de carro na Espanha, junto com o irmão, André Silva. Ambos eram compatriotas do treinador português.

“A vida é muito mais do que o futebol. Hoje acordei e até tive que confirmar a notícia pra ver se realmente era verdade. Diogo é um ídolo de todos nós, principalmente da seleção portuguesa”, iniciou António, visivelmente abalado.

Em um momento de forte emoção, o técnico destacou a brevidade da existência e fez um apelo pela mudança de comportamento das pessoas no cotidiano. “A vida realmente é um sopro. Nós estamos em trânsito para a morte, essa é a realidade”, afirmou.

Diogo Jota, que recentemente havia conquistado a Premier League com o Liverpool e a Liga das Nações com a seleção portuguesa, tinha se casado há pouco tempo e era pai de três filhos pequenos. “A dor não tenho capacidade pra medir porque nunca passei por tal situação. Principalmente pra uma família... uma esposa, havia acabado de casar, deixa três filhos pequeninos. Era uma pessoa querida por toda a gente e que me faz refletir”, disse António.

O treinador do Remo concluiu sua fala com um apelo direto à valorização das relações humanas e à empatia no dia a dia:

“Peço para as pessoas refletirem. Se às vezes, em pequenas coisas que nos chateamos diariamente — pequenas guerras, invejas, as pessoas constantemente a falar mal umas das outras, a desejar o insucesso umas das outras — se nós não devíamos repensar o nosso modo de estar e pensar a vida”, destacou.

António encerrou a declaração com uma mensagem profunda e universal:

“Aproveitem todos os dias, deem um beijo na esposa, nos filhos, na mãe, porque nunca sabemos quando será o último dia. Portanto, desfrutem ao máximo e deixemos de coisas desnecessárias”, finalizou.