Vasco negocia venda da SAF para filho de dono da Crefisa

Marcos Faria Lamacchia, filho de José Lamacchia, surge como novo interessado no controle do futebol vascaíno em meio à recuperação judicial.

Publicado em 26 de dezembro de 2025 às 07:37

"Herdeiro" da Crefisa pode comprar a SAF do Vasco - 
"Herdeiro" da Crefisa pode comprar a SAF do Vasco -  Crédito: Divulgação/Vasco

Sem contar com um investidor há cerca de um ano e meio, o Vasco da Gama deve começar a temporada de 2026 ainda vivendo a incerteza sobre a venda de sua SAF. Um novo nome, porém, entrou no radar da diretoria cruz-maltina: Marcos Faria Lamacchia, empresário de 47 anos e filho de José Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do Palmeiras. As informações foram divulgadas inicialmente pelo jornalista Lucas Pedrosa.

Marcos Lamacchia negocia diretamente com a gestão de Pedrinho, que atualmente detém o controle da SAF do Vasco. Apesar de ser um agente novo no cenário recente de possíveis compradores, ele não é um desconhecido nos bastidores do futebol, especialmente pela relação próxima de seu pai com a atual diretoria vascaína. O próprio José Lamacchia, segundo apurado, demonstra entusiasmo com a possibilidade de o filho avançar na compra do futebol do clube.

De perfil reservado, Marcos é fruto do relacionamento de José Lamacchia com uma das herdeiras do banqueiro Aloysio de Andrade Faria, fundador do extinto banco Real, que faleceu em 2020. O empresário mantém atuação independente dos negócios do pai e, consequentemente, das empresas ligadas a Leila Pereira, apesar da influência familiar no processo.

Ainda assim, José Lamacchia tem papel relevante nas negociações. Ele acompanha de perto os desdobramentos desde o movimento do Vasco para retomar o controle da SAF da 777 Partners até a recente homologação da recuperação judicial, confirmada no último domingo.

No currículo, Marcos Lamacchia fundou, em 2011, a Blue Star, gestora de fundos de investimento. Além disso, acumulou experiência como diretor da Crefisa por vários anos e também trabalhou no banco Alfa, outra instituição criada por seu avô Aloysio de Andrade Faria.

No campo financeiro, o Vasco pode precisar de novo fôlego já no início de 2026. A tendência é que o clube recorra a mais um empréstimo do tipo DIP — modalidade destinada a empresas em recuperação judicial. Mais uma vez, a Crefisa, empresa controlada por José Lamacchia em parceria com Leila Pereira, aparece como potencial financiadora da operação.

O clube carioca busca reorganizar o caixa após captar cerca de R$ 80 milhões em empréstimo com a Crefisa, valor cuja previsão de esgotamento ocorre justamente em janeiro. Diante desse cenário, a definição sobre a venda da SAF ganha ainda mais importância para o futuro esportivo e financeiro do Vasco.