Publicado em 2 de outubro de 2025 às 14:02
O governo de Israel, por meio de forças navais israelenses, numa tentativa de impedir a ajuda humanitária em Gaza interceptou, na manhã desta quinta-feira (2), 170 ativistas, desses 11 são brasileiros. O comunicado foi emitido pelo Movimento Global a Gaza que organizou a Flotilha Global Sumud e é formada por cerca de 50 embarcações. Segundo informações da esquadra, que tenta furar o bloqueio à Faixa de Gaza transportando ajuda humanitária, cerca de 443 voluntários de 47 países foram capturados pelas forças de Israel. Entre os ativistas está uma deputada federal brasileira.>
Os advogados do movimento humanitários informação que não tiveram acesso sobre a localização dos ativistas até o momento. A operação ocorreu em águas internacionais, o que fez organizações como a Anistia Internacional classificarem a ação como ilegal.>
“Este é um sequestro ilegal, em violação direta ao direito internacional e aos direitos humanos básicos. Interceptar embarcações humanitárias em águas internacionais é um crime de guerra, negar acesso à assessoria jurídica e ocultar paradeiro dos detidos agrava ainda mais esse crime”, destaca o comunicado.>
Dezessete brasileiros participam da ajuda humanitária. Nas redes sociais, o movimento confirmou que entre os capturados estão o ativista Thiago de Ávila e Silva Oliveira, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e a vereadora de Campinas, Mariana Conti (PSOL-SP), além de outros oito brasileiros: Bruno Gilga, Lisiane Proença Severo, Magno de Carvalho Costa, Ariadne Catarina Cardoso Teles, Mansur Peixoto, Gabrielle Da Silva Tolotti, Mohamad Sami El Kadri, Lucas Farias Gusmão.>
O governo de Israel informou que os brasileiros capturados estavam próximo de uma área de zona de combate que está bloqueada, e, que todos serão deportados.>
Manifestação do governo brasileiro>
O Ministério das Relações Exteriores divulgou o ocorrido em suas plataformas sociais e no site oficial do governo federal e manifestou preocupação com os brasileiros que estão a bordo da flotilha de ajuda humanitária, no comunicado, o MRE lembrou do princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e o caráter pacífico do movimento.>
“O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”, reforça.>
O Itamaraty e a Embaixada do Brasil em Tel Aviv acompanham o caso e prestam assistência consular aos brasileiros.>
O movimento humanitário informou que parte das embarcações conseguiu escapar da interceptação e segue em direção a Gaza.>
Com informações do MRE e Movimento de ajuda humanitária Flotilha Global Sumud>