Publicado em 5 de novembro de 2025 às 13:32
Um novo decreto do Vaticano, aprovado pelo Papa Leão XIV, orienta os católicos a não se referirem a Maria como “corredentora” da humanidade. A instrução, divulgada nesta terça-feira (4), reforça que apenas Jesus Cristo foi responsável pela redenção do mundo, encerrando um antigo debate dentro da Igreja Católica.
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Segundo o documento, embora Maria tenha sido uma figura essencial na história da fé cristã e tenha educado Jesus, ela “não participou do ato redentor que salvou a humanidade da condenação”. O texto afirma que o título de “corredentora” pode “gerar confusão e desequilíbrio na compreensão das verdades da fé”.>
A Igreja ensina que Jesus redimiu o mundo por meio de sua morte na cruz. No entanto, teólogos e líderes religiosos discutem há séculos o papel de Maria nesse processo, se ela teria cooperado espiritualmente com a missão do filho.>
O decreto também recorda que a devoção a Maria deve reconhecer sua importância como mãe de Deus e intercessora, sem colocá-la no mesmo nível de Cristo. “Ao dar à luz Jesus, ela abriu as portas da redenção aguardada por toda a humanidade”, diz o texto.>
A decisão do Papa Leão XIV vai ao encontro da posição de papas anteriores. Francisco, falecido em 2019, chegou a classificar a ideia de Maria como corredentora de “loucura”, defendendo que ela “nunca quis tirar nada do Filho para si”. Bento XVI também rejeitou o uso do título, enquanto João Paulo II chegou a utilizá-lo em discursos, mas deixou de fazê-lo após orientações do Escritório para a Doutrina da Fé na década de 1990.>
O documento reafirma, assim, a centralidade de Jesus Cristo na salvação e estabelece limites claros à veneração mariana dentro da doutrina católica.>
Com informações do G1>