Bandeira pró-Trump exposta por deputado do PL gera desconforto durante ato na Câmara

Símbolo em apoio ao presidente dos EUA causa desconforto interno e é retirado de manifestação que protestava contra decisão da Mesa Diretora de suspender comissões.

Publicado em 22 de julho de 2025 às 14:27

Bandeira pró-Trump exposta por deputado do PL gera desconforto durante ato na Câmara
Bandeira pró-Trump exposta por deputado do PL gera desconforto durante ato na Câmara Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Uma bandeira em apoio a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, acabou provocando um momento de constrangimento e divisão entre deuputados do Partido Liberal (PL) durante um ato político realizado na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (22). O símbolo foi levado ao plenário pelo deputado Delegado Caveira (PL-PA), mas removido pouco tempo depois por orientação de colegas da própria legenda.

A manifestação foi organizada por parlamentares da oposição em protesto contra a decisão do presidente em exercício da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que suspendeu todas as comissões da Casa até o dia 1º de agosto. A medida, segundo o PL, inviabilizou votações que seriam realizadas mesmo durante o recesso, incluindo moções de louvor ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A bandeira com referência a Trump foi retirada após pedido do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que preside a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Ele alegou que o gesto não tinha relação com o objetivo da mobilização. “Não era o foco da reunião”, declarou, ao ser questionado sobre o episódio.

A legenda havia agendado sessões da Comissão de Segurança Pública e também da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. No entanto, a determinação da Mesa Diretora, anunciada minutos antes do início das reuniões, impediu a realização dos encontros, gerando protestos por parte dos parlamentares liberais.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), criticou duramente a decisão, chamando-a de “ilegal” e “antirregimental”. Segundo ele, o partido está determinado a votar as moções pró-Bolsonaro assim que o recesso chegar ao fim, em agosto.