Em ato na Paulista, Bolsonaro pede 50% da Câmara e do Senado para ‘mudar destino do Brasil’

Apoiadores de Bolsonaro ocupam Paulista neste domingo para mais uma demonstração de apoio popular da direita brasileira ao ex-presidente que esta  inelegível.

Publicado em 29 de junho de 2025 às 16:32

Bolsonaro em ato na Paulista.
Bolsonaro em ato na Paulista. Crédito: Reprodução /Youtube/Silas Malafaia

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam neste domingo (29) a Avenida Paulista, no centro de São Paulo, para mais uma demonstração de apoio popular, diante do avanço do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista que ele teria liderado, após as eleições de 2022.

O ato estava marcado para às 14h deste domingo, mas os bolsonaristas já se aglomeravam na avenida desde o final da manhã, com bandeiras dispostas lado a lado do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos (EUA), além de cartazes destinados ao presidente norte-americano Donald Trump. Mensagens a favor da anistia aos crimes cometidos no 8 de Janeiro também se destacavam.

O ex-presidente, que também participa do ato ao lado de governadores, discursou para os apoiadores e disse que "nem precisa ser presidente" para poder liderar o país, em referência às eleições de 2026.

Em sua fala, Bolsonaro pediu a seus apoiadores "me deem 50% da Câmara e do Senado que eu mudo o destino do Brasil, nem preciso ser presidente". Ele enfatizou que quem liderar o Congresso é capaz de pautar o Executivo, quem for que estiver no cargo, e tomar decisões cruciais como escolha de pessoas para ocupar altos cargos públicos e quais temas serão discutidos pelo Legislativo.

"Se me derem isso, não interessa onde esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente. Com essa maioria elegemos nosso presidente do Congresso Nacional. Maioria das comissões de peso no Senado e Câmara. Nas sabatinas decidimos quem prosseguirá", pontuou Bolsonaro, que esta inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação no pleito de 2022.