Erika Hilton mantém assessor parlamentar alvo de operação da PF

Samuel Santos é acusado de pichar patrimônio público em 2022

Publicado em 25 de agosto de 2025 às 09:00

(Samuel Santos foi alvo da Polícia Federal por pichar o prédio do Ministério da Educação (MEC) em dezembro de 2022, durante protesto.)
(Samuel Santos foi alvo da Polícia Federal por pichar o prédio do Ministério da Educação (MEC) em dezembro de 2022, durante protesto.) Crédito: Divulgação - Câmara dos Deputados

Samuel Santos, assessor da deputada federal Erika Hilton foi alvo da Polícia Federal por pichar o prédio do Ministério da Educação (MEC) em dezembro de 2022, durante protesto contra o então presidente Jair Bolsonaro. Ele escreveu frases como “bozo na prisão” e “bolsa na mão” com spray na parede lateral do edifício. Samuel Santos foi flagrado pela Polícia Militar do Distrito Federal e conduzido à superintendência da PF, onde assinou um termo circunstanciado por crime de menor potencial ofensivo.

Um laudo da PF estimou em R$ 1.123,20 o custo da recuperação do patrimônio público, valor que não chegou a ser ressarcido. Na sequência, o Ministério Público Federal propôs um acordo de transação penal, Samuel pagou R$ 300 a uma entidade assistencial, evitando a abertura de ação penal, e meses depois assumiu o cargo de secretário parlamentar no gabinete de Hilton.

Santos foi contratado em outubro de 2023 e recebe proventos no valor de R$ 3.125,11, além de R$ 1.784,42 de auxílio.

O caso ocorreu durante um protesto contra cortes no orçamento da Educação e da Cultura, quando o MEC acumulava as duas pastas sob a gestão de Jair Messias Bolsonaro. Na época, a PMDF informou que Samuel tinha sido autuado por crime ambiental. Na ocasião, a corporação cercou manifestantes para impedir a aproximação deles do prédio.

Questionada sobre a contratação de Samuel Santos para seu gabinete, a deputada federal Erika Hilton não se pronunciou.