‘Flopou’ e ‘fracasso’: governistas ironizam ato de Bolsonaro na Paulista

Com o público estimado de 12,4 mil pessoas, segundo projeto ligado à Universidade de São Paulo (USP), a passeata contou com a menor adesão desde o fim do mandato do ex-presidente.

Publicado em 30 de junho de 2025 às 12:49

Governistas aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizam ato de Bolsonaro na Avenida Paulista.
Governistas aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizam ato de Bolsonaro na Avenida Paulista. Crédito: Estadão Conteúdo

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizaram nas redes sociais o ato esvaziado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista. Com o público estimado de 12,4 mil pessoas, segundo projeto ligado à Universidade de São Paulo (USP), a passeata contou com a menor adesão desde o fim do mandato do ex-presidente.

O ministro Paulo Teixeira, da pasta de Desenvolvimento Agrário, ironizou uma fala de Bolsonaro durante o interrogatório ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Apenas 12 mil 'malucos' comparecem à avenida paulista para se despedir do futuro presidiário", disse o ministro. "Afinal, os demais não quiseram assumir a condição de 'malucos' como o próprio inelegível os definiu". Em 10 de junho, Bolsonaro chamou os manifestantes que clamavam por intervenção militar em frente aos quartéis de "malucos".

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) chamou o ato de "fracasso retumbante". "O evento mais pareceu um último suspiro de um bolsonarismo em apuros, com ataques vazios, plateia minguante e aliados em debandada", disse a parlamentar em publicação no X (antigo Twitter).

"Parece que 'flopou' de novo, né?", ironizou o presidente interno do PT, o senador Humberto Costa (PE). Nas redes sociais, o termo "flop" é sinônimo de performance abaixo das expectativas

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), compartilhou uma imagem aérea do ato com o público disperso e afirmou que a fotografia mostra "o bolsonarismo passando vergonha mais uma vez".

Para o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), "passou vergonha", além de Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O aliado do ex-presidente esteve presente no ato e, em discurso, pediu por "anistia e pacificação". A fala do governador contou com críticas ao PT e sugeriu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro em 2026, ainda que o ex-presidente esteja inelegível.

Embora não tenha admitido a baixa adesão ao ato, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), citou "futebol" e "fim de mês" como fatores a serem considerados na presença do público da manifestação.

"Pode ter futebol, pode ser fim de mês, pode ser tudo. Eu desafio a esquerda brasileira a colocar 10% da quantidade de gente que tem aqui hoje", afirmou o deputado em entrevista a jornalistas. Neste domingo (29), o Flamengo jogou com o Bayern de Munique pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes em horário coincidente ao ato na Paulista.