‘Houve o planejamento, mas não houve golpe’, afirma presidente do PL sobre Bolsonaro

Valdemar comentou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

Publicado em 14 de setembro de 2025 às 19:11

Julgamento de Jair Bolsonaro, no STF
Julgamento de Jair Bolsonaro, no STF Crédito: Victor Piomonte - STF

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, admitiu neste sábado (13) que houve um plano para um golpe de Estado no Brasil, mas ressaltou que a tentativa não chegou a se concretizar. A declaração foi feita durante o Rocas Festival, em Itu (SP), evento que reuniu lideranças políticas da direita: “Houve o planejamento de golpe, mas não houve golpe”, afirmou Valdemar.

Valdemar comentou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, a decisão de 27 anos e 3 meses de prisão foi “exagerada”, mas deve ser respeitada. “O Supremo decidiu, nós temos que respeitar. Houve planejamento de golpe, mas não o golpe”, afirmou o dirigente, acrescentando que a corte só teria atuado com tanta dureza porque “conta com o apoio do governo Lula”.

Mesmo criticando o que chamou de “exageros do Supremo”, Valdemar defendeu que a prioridade do campo conservador deve ser conquistar maioria no Congresso. “Temos que ter um governo de direita com o Congresso na palma da mão. O Bolsonaro não tinha, precisava sempre de emendas para aprovar qualquer coisa”, disse. Segundo ele, apenas com controle da Câmara e do Senado será possível pautar e aprovar uma anistia aos condenados.

O debate contou ainda com a presença de Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo), Ratinho Jr. (PSD) e Gilberto Kassab, presidente do PSD. Kassab reafirmou ser favorável à anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, mas reconheceu que a proposta ainda divide sua sigla, que tem 45 deputados e três ministros no governo Lula.