Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 09:38
A Polícia Federal deu mais um passo nas investigações sobre um suposto esquema de fraudes envolvendo benefícios previdenciários ao prender, nesta quinta-feira (18), Romeu Carvalho Antunes. Ele é filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido nas apurações como “careca do INSS”, detido em setembro passado no mesmo inquérito.>
A ofensiva, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, inclui o cumprimento de 52 mandados de busca e apreensão, além de 16 prisões preventivas e outras medidas cautelares. As diligências são realizadas simultaneamente em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal.>
Segundo a Polícia Federal, esta etapa da operação busca aprofundar a apuração de crimes como a inserção de informações falsas em sistemas oficiais, a formação de organização criminosa, o estelionato previdenciário e práticas voltadas à ocultação e à dilapidação de patrimônio. O foco é identificar a dinâmica do grupo investigado e rastrear o destino dos valores desviados.>
As investigações apontam Antônio Carlos Camilo Antunes como um dos principais operadores do esquema. Ele é acusado de atuar como intermediário entre sindicatos, associações e beneficiários do INSS, recebendo valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas. Parte desses recursos, de acordo com os investigadores, teria sido repassada a servidores do Instituto, além de familiares e empresas vinculadas a eles.>
Relatórios reunidos no inquérito indicam que o investigado é sócio de 22 empresas, várias delas suspeitas de terem sido utilizadas para viabilizar as fraudes. Essas companhias teriam funcionado como canais para movimentar o dinheiro proveniente dos descontos irregulares, dificultando o rastreamento da origem dos valores.>
Ainda conforme a apuração, pessoas físicas e jurídicas ligadas ao chamado “careca do INSS” receberam diretamente das entidades associativas, ou por meio de empresas sob seu controle, mais de R$ 53,5 milhões. O material apreendido nesta nova fase será analisado e deve subsidiar o avanço das investigações, que seguem sob a supervisão do STF.>