Publicado em 2 de outubro de 2025 às 13:46
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), descartou em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira (2) ser vice em uma eventual chapa presidencial com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O mineiro, que é pré-candidato a presidente, afirmou que a única hipótese de não disputar o cargo é se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concorrer - ele está inelegível e foi condenado à prisão na trama golpista.>
"Apoiarei o Tarcísio no segundo turno. O candidato da direita que for para o segundo turno terá meu total apoio", disse Zema, acrescentando que manterá sua candidatura mesmo se Bolsonaro apadrinhar outro candidato.>
O governador mineiro se reuniu com Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes na quarta-feira (1º) e ouviu do governador paulista que ele será candidato à reeleição.>
No mês passado, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), defendeu ao Estadão que Zema avalie abrir mão da candidatura a presidente se Tarcísio decidir disputar o mesmo cargo.>
"Tarcísio tem deixado claro que ele é candidato à reeleição e eu concordo. Deixar de lado uma reeleição garantida para tentar algo incerto e ainda deixar São Paulo aberto a um eventual candidato de esquerda não é algo que deva se arriscar, na minha opinião", disse o governador de Minas Gerais.>
Na entrevista à Rádio Eldorado, Zema afirmou ainda concederá "imediatamente" indulto a Bolsonaro caso seja eleito presidente no ano que vem. Ele também declarou que é favorável à anistia para o ex-presidente e os condenados na trama golpista e no 8 de Janeiro.>
"Se não for possível, que seja feita uma dosimetria de 90% para cima com relação à pena para que essa questão também seja resolvida rapidamente", disse ele.>
"O Brasil já deu anistia no passado a assaltantes de bancos, sequestradores e assassinos. Nós temos que considerar que o que nós tivemos agora recentemente foi uma pequena fração das atrocidades que foram feitas lá trás", acrescentou Zema.>
Ele disse ainda que pretende fazer mudanças no programa Bolsa Família para que os beneficiários sejam incentivados a procurarem um emprego. "Quem conseguir ter a carteira assinada tenha um extra, um prêmio", propôs. Pela regra atual, há um período de transição em que o benefício continua sendo pago a depender do valor do salário recebido.>
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