Inflação dos serviços preocupa mais que a de alimentos
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O debate público brasileiro está voltado, pelo menos desde o fim do ano passado, para a elevação do preço dos alimentos. E não é à toa, considerando que a inflação desse grupo de produtos foi de quase 8% em 2024, segundo o IBGE, e que os preços de alguns itens comuns à mesa dos brasileiros tenham subido muito, como o café (50% no ano passado) e o ovo (20%). No entanto, a inflação que realmente preocupa não é essa, mas a do setor de Serviços. A análise da Carta de Conjuntura do Conselho Superior de Economia, Sociologia e Política, da Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP), deste mês é que, uma vez que os preços do setor flutuam em altas acumuladas de 12 meses entre 5% e 6%, será difícil estabilizá-los — e vão puxar o índice geral para cima, adiando cada vez mais o início do ciclo de queda da taxa Selic.>