Publicado em 2 de agosto de 2025 às 12:47
Faltando 100 dias para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), Belém já respira o clima do maior evento ambiental do mundo. A reportagem do Roma News esteve na nova Doca, ao Porto Futuro II e ao Parque da Cidade, durante uma visita técnica e te mostra agora, as principais estruturas que estão sendo finalizadas para receber milhares de visitantes em novembro, e que devem se tornar importantes legados para a capital paraense.>
O primeiro local a ser conhecido foi a nova Doca, na avenida Visconde de Souza Franco, que está passando por uma grande requalificação urbana. A área, que deve ser entregue em breve à população, ganhará um novo corredor de lazer, com paisagismo, acessibilidade, espaço para comércio e convivência. Um projeto que busca devolver a orla à cidade, integrando o uso turístico ao cotidiano dos moradores.>
Já no Porto Futuro II, com 95% das obras concluídas, as transformações já são visíveis. A área se consolida como uma extensão da Estação das Docas, com quatro polos interligados: o Museu das Amazônias (inauguração prevista para 4 de outubro), o Polo de Gastronomia e Bioeconomia (abertura dia 7) e a Caixa Cultural, um complexo cultural em parceria com a Caixa Econômica Federal (prevista para o dia 8).>
A proposta é integrar ciência, cultura, empreendedorismo e identidade amazônica, testando a recepção desses espaços já no primeiro fim de semana do Esquenta do Círio.>
No Parque da Cidade, a atenção se volta à construção da Blue Zone e da Green Zone, os dois principais espaços da COP. A Blue Zone será o centro diplomático do evento, onde ocorrerão as negociações oficiais entre chefes de Estado, técnicos e representantes da ONU.>
Serão cerca de 180 pavilhões distribuídos em uma área de mais de 30 mil metros quadrados, todos com estrutura temporária, que será desmontada e reaproveitada após o evento.>
Já a Green Zone será voltada à sociedade civil, com pavilhões temáticos, atividades culturais e educativas, reunindo inovação, negócios sustentáveis e produção local. O espaço também contará com um Centro Gastronômico de 12 mil m², que vai operar com mais de 40 quiosques e 6 restaurantes durante o evento. A proposta é valorizar a culinária paraense, reconhecida pela Unesco, e formar profissionais da área, inclusive no pós-COP, quando o espaço será transformado em um polo permanente da economia criativa.>
“Esse espaço vai receber uma gestão compartilhada entre o poder público, organizações sociais e o setor privado. A ideia é que, depois da COP, tenhamos um centro de formação, com hubs de negócios e capacitação em áreas como audiovisual, games, design, manualidades e gastronomia. Belém vai se consolidar como capital criativa da Amazônia”, afirmou a secretária Ursula Vidal.>
A área total da estrutura da COP30 em Belém deve ultrapassar os 260 mil metros quadrados, incluindo as zonas diplomática e cultural, áreas de convivência, segurança e imprensa. Todo o espaço será desmontado após o evento, mas o Parque da Cidade seguirá em obras para conclusão de sua segunda etapa, que será devolvida à população como mais uma zona de lazer e economia sustentável.>
As obras estão dentro do cronograma e, segundo o governo, a meta é garantir que a COP30, a primeira realizada na Amazônia, seja também a mais inovadora e inclusiva da história.>