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Publicado em 11 de julho de 2025 às 10:19
O mundo precisa cortar emissões de gases em pelo menos 50% até 2030 para ter chance de conter o aquecimento abaixo de 1,5 °C . Segundo os cientistas, estamos nos aproximando de pontos críticos climáticos, que podem desencadear efeitos irreversíveis — e isso já começou a acontecer. >
2024 foi o primeiro ano com média de temperatura acima dos 1,5 °C do período pré-industrial, segundo relatório da Folha. Na contramão das pesquisas, o Pará já têm apresentado um histórico de queda de 28,8% na emissões. >
De acordo com a pesquisa, na linha do tempo de emissões de gases do efeito estufa, 2023 foi o ano com menor registro de emissões desde 2017. As emissões brutas paraenses, em 2023, foram de 312,3 milhões de toneladas de CO2, o que corresponde a 13,6% do total de GEE emitidos em âmbito nacional.>
A redução significativa nas emissões da “formação florestal – pastagem”, que caiu 45,6% (de 376,1 para 204,7 milhões de toneladas de CO2), foi o principal fator responsável pela diminuição das emissões no Pará. Esse recuo pode refletir uma menor conversão de florestas em pastagens.>
Alinhado ao Plano “Amazônia Agora” (Decreto 941/2020 e Lei 10.752024), o Estado apresentou durante evento com o Reino Unido suas 13 metas climáticas rumo à COP30, marcada para novembro, em Belém.>
Além disso, o Pará reduziu em 28,8% suas emissões brutas de CO₂ entre 2000 e 2023 (de 438,7 Mt para 312,3 Mt CO₂), com queda líquida de 60,6% no mesmo período — o menor valor desde 2017.>
Entre os principais compromissos do Estado estão:>
• Restauração florestal: 20 mil hectares até a COP30, totalizando 100 mil até 2026.>
• Pecuária rastreada: monitoramento de 100% do rebanho bovino até novembro de 2025.>
• Serviços ambientais: contemplar 2 mil famílias até a COP30 e 20 mil até 2030.>
• Combate ao desmatamento e queimadas: fortalecer brigadas em 100% do efetivo já existente.>
COP30 em Belém>
A COP30 ocorrerá em novembro de 2025, em Belém, trazendo cerca de 50 mil visitantes, incluindo delegações da ONU e chefes de Estado.>
Nesse cenário, o Pará terá palco central para:>
Mostrar resultados concretos da descontaminação de carbono;>
Forjar parcerias e atrair financiamento climático, essencial para atingir as metas — o Brasil busca US$ 300 bilhões por ano até 2035 de países desenvolvidos.>
Colaborar com a NDC nacional, que prevê redução de 53% a 67% das emissões líquidas até 2035.>