América Latina pode liderar justiça climática global, diz presidente da conferência

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, defendeu nesta quarta-feira (6), em Brasília, o protagonismo da América Latina na agenda climática e o papel central dos parlamentares nas decisões ambientais. Ele participou da II Cúpula Parlamentar de Mudança Climática e Transição Justa da América Latina e do Caribe.

Segundo Corrêa do Lago, a COP30 em Belém terá como foco a transição justa, ou seja, que leve em conta as realidades sociais e econômicas dos países, aliando desenvolvimento sustentável à geração de empregos. Ele destacou três prioridades para a conferência:

• Fortalecer o multilateralismo,

• Traduzir os resultados para a sociedade,

• Ampliar soluções como a adaptação climática, além das negociações formais.

A estrutura da COP30 contará com mais de 350 reuniões paralelas, reunindo governos, empresas, academia e sociedade civil. Também foram criados quatro círculos de discussão com líderes religiosos, indígenas, ministros e representantes de COPs anteriores.

Para garantir a participação de países mais vulneráveis, o Brasil está oferecendo hospedagem a preços acessíveis para mais de 70 nações com baixa renda.

Durante o evento, o senador Jaques Wagner destacou os avanços do Brasil, como a redução de 50% do desmatamento na Amazônia e a meta de cortar 67% das emissões até 2035. Ele cobrou mais compromisso financeiro dos países ricos: “Precisamos de US$ 1,3 trilhão até 2035, não só os US$ 300 bilhões prometidos”.

Já Javier Medina Vásquez, da CEPAL, celebrou o protagonismo da região na construção de acordos ambientais e reforçou que a COP30 será um marco para a integração regional e as economias verdes.