Expositores da COP30 divulgam nota e defendem valores praticados na alimentação do evento

Empresas responsáveis pelos restaurantes da Blue Zone afirmam que preços seguem regras da ONU e estão abaixo dos praticados em edições anteriores da conferência

Publicado em 8 de novembro de 2025 às 13:04

Entrada da Blue Zone na COP30.
Entrada da Blue Zone na COP30. Crédito: Raimundo Pacco/COP30

Após a repercussão sobre os altos preços da alimentação durante a Cúpula dos Líderes, em Belém, os operadores de Alimentação e Bebida (A&B) da Blue Zone divulgaram uma nota pública neste sábado (8) para esclarecer os critérios adotados na formação dos valores cobrados dentro do evento.

Segundo o comunicado, os expositores participaram de um processo licitatório público, cujo resultado foi publicado no dia 3 de outubro de 2025, e todos os preços praticados foram definidos com base em fichas técnicas, rendimentos e custos operacionais, levando em conta a expectativa de receita durante o período contratual, de 3 a 28 de novembro.

Os operadores afirmam que os valores de venda estão “compatíveis e até abaixo” dos praticados em edições anteriores da COP, e que cardápios e preços foram critérios avaliados e pontuados no processo de seleção. Segundo o grupo, todas as propostas foram revisadas e validadas pela Secretaria Extraordinária da COP (SECOP) antes da oficialização.

O texto também destaca que há custos adicionais significativos para a participação no evento, que impactam diretamente nos valores repassados ao público. Entre eles, estão:

Taxa de USD 280 por metro quadrado para ocupação e uso de equipamentos padrão, como fornos e freezers;

Percentual sobre o faturamento destinado à Organização de Estados Ibero-americanos (OEI);

Compra emergencial de equipamentos específicos;

Horário restrito de abastecimento, permitido apenas entre 22h e 5h;

Necessidade de mão de obra bilíngue e especializada para atendimento ao público internacional.

Os expositores reforçam que os custos refletem a estrutura exigida por um evento global de grande porte e reiteram o compromisso com a sustentabilidade, o consumo consciente e o fortalecimento das cadeias produtivas tradicionais.

“Seguimos comprometidos com o uso de produtos orgânicos, com a economia circular e com a preservação das técnicas culinárias ancestrais, oferecendo uma alimentação saudável e representativa para todos os participantes da COP”, diz a nota.

O comunicado é assinado por Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá, Consórcio CAM, Pastíssimo, Delícias Quilombola, Govinda Restaurante, Cervejaria Araguaia, Nanay Café, Coffee Lovers e Santé Saudável, todos credenciados como operadores oficiais de alimentação e bebida na Blue Zone da COP30.