Publicado em 31 de julho de 2025 às 09:11
Na esteira das promessas internacionais que se acumulam a cada Conferência do Clima, um grupo formado por organizações sócio ambientais civil prepara um encontro global paralelo a COP 30, com um objetivo claro: colocar o financiamento climático para a Amazônia na mesa de negociações, com transparência, pressão e senso de urgência.>
A grande rede de entidades nacionais e internacionais por meio do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) articulou a mediação do senador Beto Faro (PT-PA) no encontro. O parlamentar com atuação destacada na agenda socioambiental é conhecedor dos desafios da região, já se articula com aliados.>
O pano de fundo da iniciativa é o mesmo que ronda toda grande conferência climática: promessas feitas, metas estabelecidas e a ausência crônica de mecanismos financeiros à altura da retórica internacional. Para a Amazônia, isso se traduz num paradoxo: uma das regiões mais estratégicas para o equilíbrio climático global continua sendo uma das mais negligenciadas quando se trata de recursos efetivos.>
O financiamento climático é, portanto, um teste decisivo da credibilidade da COP 30, que pela primeira vez ocorrerá no coração da maior floresta tropical do planeta. O encontro das ONGs pretende abordar questões estruturais, como: a lentidão dos fluxos financeiros multilaterais; dificuldade de acesso a esses recursos por parte de comunidades e governos locais;>
Diante do desafio, o senador Beto Faro destaca o momento histórico único que o Pará vive: “A COP 30 será uma vitrine, mas precisamos que ela seja também um ponto de virada. Não se protege a Amazônia com boas intenções. É preciso um modelo de financiamento justo, direto e comprometido com os que vivem e defendem a floresta”, afirmou.>
O encontro pretende deixar claro que, se a Amazônia é prioridade global, o financiamento climático não pode continuar sendo uma promessa distante.>