Parque de Bioeconomia impulsiona startups e negócios da floresta durante a COP30

A primeira Conferência das Partes (COP) em uma cidade amazônica começou com inúmeras ações paralelas aos debates principais da cúpula, em Belém. Um dos espaços que está atraindo as atenções é o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que funciona no Complexo Porto Futuro II. Durante a COP30, a Associação dos Negócios de Sociobioeconomia da Amazônia (ASSOBIO) vai administrar o coworking e o Balcão de Serviços do complexo, além de articular empreendedores e investidores que atuam em cadeias produtivas da floresta.

No Parque de Bioeconomia, a atuação da associação se concentra em duas frentes. A primeira é a gestão do coworking, espaço gratuito e voltado para empreendedores da bioeconomia, aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, mediante reserva. (Clique aqui para fazer reserva)

A segunda é o Balcão de Serviços, que funciona todas as manhãs e reúne, em um único ponto, soluções e orientações essenciais para negócios de base florestal. Os dois ambientes, criados pelo Governo do Pará em parceria com a Fundação CERTI, fazem parte da agenda do Plano Estadual de Bioeconomia e foram concebidos para aproximar empreendedores, investidores, comunidades tradicionais, pesquisadores e empresas que trabalham com produtos e tecnologias da Amazônia.

Paulo Reis, presidente da ASSOBIO, afirma que o objetivo é acelerar iniciativas que surgem da biodiversidade amazônica e fortalecer a cadeia sociobioeconômica. “O Parque de Bioeconomia é um espaço feito para tirar projetos do papel. O coworking e o Balcão de Serviços ajudam quem está criando produtos, processos e negócios com a floresta em pé. É um ponto de encontro entre quem precisa de soluções e quem pode oferecê-las. Os locais funcionam como “o faz tudo” da bioeconomia, mas, no fundo, é a estrutura que faltava para organizar e impulsionar todo esse ecossistema produtivo da sociobioeconomia”, reforça.

No Parque de Bioeconomia, localizado no Porto Futuro II, funcionam laboratórios de desenvolvimento de produtos, áreas de experimentação e estruturas voltadas à inovação. Pode-se dizer que é uma ponte entre ciência, mercado e comunidades tradicionais. E, durante a COP30, deve servir também como vitrine para investidores e governos interessados em modelos que unam conservação, renda e inovação.

A participação da ASSOBIO na administração desses espaços ocorre em um momento em que a associação também atua como organização observadora das negociações oficiais na Blue Zone da conferência. Durante a COP, a ASSOBIO acompanhará de perto debates ligados à bioeconomia, especialmente os relacionados à criação de mecanismos que valorizem produtos desenvolvidos com base na floresta em pé. A associação também integra a programação da Green Zone, onde apresentará o painel “Tributação Justa para a Sociobioeconomia: NCM como Instrumento de Desenvolvimento da Amazônia”.

Ações da ASSOBIO na COP30

Vitrine de Bioeconomia

A Vitrine é um espaço de 30 m² instalado no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, no Complexo Porto Futuro II, em Belém. A loja reúne 60 marcas e centenas de produtos, entre cosméticos, biojoias, bebidas, alimentos e peças de moda, que mostram, na prática, como é possível gerar renda e conservar a floresta ao mesmo tempo. Instalada em um contêiner, a Vitrine foi concebida como um laboratório de experiências e tem o apoio do Mercado Livre, parceiro da ASSOBIO desde 2019 na criação de uma seção exclusiva para produtos da sociobioeconomia na plataforma. O espaço permite que o público acompanhe a trajetória dos produtos amazônicos, do fruto in natura à transformação em itens de alto valor agregado. O projeto tem também o apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) e da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult).

Vitrines Itinerantes

As vitrines itinerantes, presentes em espaços parceiros e institucionais, funcionam como plataformas de visibilidade comercial para produtores e empresas amazônicas. Nelas, o público pode conhecer e adquirir alimentos, bebidas, cosméticos, acessórios, biojoias e artesanato com origem sustentável. O diferencial está na originalidade em cada item, que carrega a história de quem o produz e o impacto positivo que gera na floresta e nas comunidades locais.

Locais onde estão instaladas as Vitrines Itinerantes da ASSOBIO:

1. Local Hostel Belém - Tv. Benjamin Constant, 798 ;

2. Casa Brasil – Praça Waldemar Henrique;

3- Casa Balaio - Av. Nazaré, n.º 669;

4- Espaço do Banco do Brasil na Green Zone;

5. Espaço do Ministério do Meio Ambiente na Green Zone;

6. Espaço Chico Mendes com a Fundação BB e ICMBio, no Museu Emílio Goeldi.

Rota da Bioeconomia

O Rota da Bioeconomia abrange 11 roteiros que conectam visitantes a empreendimentos sustentáveis da Região Metropolitana de Belém. As experiências incluem visitas a negócios que transformam insumos da floresta em alimentos, bebidas, moda e artesanato, gerando renda sem desmatamento. O projeto tem apoio do Governo do Pará, via Semas e programa Floresta em Pé, em parceria com o Banco KfW e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Os roteiros já estão disponíveis. Informações sobre valores, datas, reservas, número de vagas, pontos de encontro e transporte podem ser consultadas acessando: https://rotadabioeconomia.assobio.org/

Vending Machines

A Associação de Sociobioeconomia da Amazônia (ASSOBIO) instalou as Vending Machines da Bioeconomia em vários pontos estratégicos da cidade. As máquinas de venda automática estão abastecidas com cerca de 30 itens produzidos por empreendedores da rede da ASSOBIO, como chocolates, castanhas, cosméticos e acessórios. Pode-se encontrar as vending machines no Parque de Bioeconomia, Vila da COP, Agrizone, CasAmazônia, Casa Clua e restaurante Amazônia na Cuia, no Porto Futuro, centro de Belém.

Mais sobre a ASSOBIO

A ASSOBIO é uma associação representativa, que reúne 126 pequenos e médios empreendimentos, que visam proteger e promover a sociobiodiversidade da Amazônia, integrando aspectos socioeconômicos e ambientais. Fundada em 2023, é resultado de um ecossistema cada vez mais importante na região e que incentiva uma economia verde, que gera emprego e renda nas cidades amazônicas. Os 126 negócios somados geram mais de R$52 milhões em renda por ano; mais de mil empregos diretos e promovem o impacto positivo em mais de 70 mil pessoas. Acesse o site: www.assobio.org