Publicado em 3 de novembro de 2025 às 11:25
De olho na COP30, a Associação dos Negócios de Sociobioeconomia da Amazônia (ASSOBIO) lança a Rota da Bioeconomia, um projeto inédito que vai aproximar visitantes de empreendimentos amazônicos que unem tradição, inovação e sustentabilidade. A iniciativa propõe experiências sensoriais e visitas produtivas a negócios que transformam insumos da floresta em acessórios, chocolates, bebidas, moda e gastronomia, que geram renda sem derrubar árvores. >
No total, serão 11 roteiros: dez deles em empreendimentos da Região Metropolitana de Belém e o da ASSOBIO, que é integrador e contextualiza a história de Belém com a sociobioeconomia pelo centro histórico, culminando na Vitrine instalada no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia. O projeto tem o apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), a partir do programa Floresta em Pé, fruto de cooperação financeira entre os governos da Alemanha e do Brasil por meio do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KFW) e implementado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS). >
“Cada roteiro comprova que é possível produzir sem destruir a floresta. Queremos que o público tenha a experiência de ver o passo a passo da produção até o produto final, conhecendo a diversidade de produtos, que geram renda, inovação e fortalecem a cultura amazônica, e queremos que o mundo veja isso de perto durante a COP30”, afirma Tainah Fagundes, coordenadora do projeto “Rotas da Bioeconomia” pela ASSOBIO.>
Roteiros que unem sabor, ancestralidade e inovação>
Entre os destaques da programação está a visita à Uruçun (@hidromelurucun), empreendimento especializado na criação de abelhas nativas sem ferrão e na produção de hidromel amazônico. Os visitantes conhecerão a extração do mel – alimento raro, nutritivo e fundamental para a polinização, serviço ecossistêmico vital para a agricultura global. O hidromel da marca já foi premiado como o segundo melhor da América Latina.>
“Cada garrafa do nosso hidromel carrega a história da floresta e das pessoas que vivem dela. Quando o visitante experimenta o Uruçun, ele não prova apenas uma bebida, mas também participa de um movimento de valorização da sociobioeconomia, de geração de renda e de preservação da Amazônia”, reforça.>
Roteiro da Uruçun>
Outro roteiro leva os visitantes à AMZ Tropical (@amztropical), no centro de Belém, que transforma frutos amazônicos em bebidas como o gin de jambu e de castanha-do-Pará. A experiência inclui degustações, mixologia e produtos exclusivos.>
“Aqui o visitante encontra desde degustações até experiências únicas com drinks, bebidas prontas e até picolés alcoólicos. Queremos que o público da COP viva de perto essa versatilidade”, destaca Leandro Daher, fundador e CEO da AMZ Tropical.>
Roteiro do gin Amazônico>
No Sítio da Cruz (@dacruzchocolates), em Ananindeua, o público é convidado a caminhar pela plantação de cacau e acompanhar a transformação da fruta em chocolate artesanal. >
Roteiro Sítio Da Cruz>
A Da Tribu (@datribu), marca que produz joias orgânicas e biomateriais a partir da borracha nativa da amazõnia, conduz uma jornada que começa no porto de Icoaraci e segue até a Ilha de Cotijuba, onde os visitantes conhecem o seringal, participam da extração da borracha e visitam o ateliê onde peças de design contemporâneo ganham vida.A visita encerra com um banho de rio. >
Roteiro das biojóias Da Tribu>
Outros empreendimentos participantes>
Filha do Combu - @filhadocombu>
A força do chocolate amazônico>
Na Ilha do Combu, Mário e Dona Nena recebem visitantes para uma imersão no quintal da floresta. Entre samaúmas, cacau, cupuaçu e abelhas sem ferrão, o destaque é a degustação de chocolates orgânicos que carregam ancestralidade e biodiversidade em cada pedaço.>
Cacauaré - @cacauare_amazonia>
No sítio em Santa Bárbara, a família Cacauaré conduz uma vivência espiritual que resgata o uso cerimonial do cacau. Música, meditação, dança e partilha fazem parte do ritual, encerrado com degustação e a força simbólica do alimento sagrado.>
Manioca - @maniocabrasil>
Na fábrica da Manioca, o público acompanha a trajetória da mandioca ao tucupi, aprendendo sobre sua importância cultural e gastronômica. A experiência inclui degustação em três tempos e mostra como o ingrediente amazônico se projeta para o mundo.>
Jucarepa - @jucarepa__>
No Bosquinho da UFPA, a Jucarepa apresenta o cumaru, semente aromática que conquista a gastronomia e a cosmética mundial. A experiência combina história, beneficiamento e degustação de receitas como cumaru latte e caramelo artesanal.>
Blaus - @blaussorvetes>
Na fábrica da Blaus, os visitantes conhecem a trajetória da sorveteria paraense que transformou frutas da floresta em sabores premiados. O tour revela a linha de produção, histórias de colaboradores e degustação de delícias amazônicas.>
Meu Garoto - @botecomeugarot>
A cachaça que treme! Famosa por seu efeito de adormecer a língua, a cachaça de jambu é uma criação do Meu Garoto, em Belém do Pará. É produzida com a flor de jambu, planta amazônica que possui propriedades anestésicas, proporcionando uma sensação de tremor na língua, lábios e céu da boca. >
Como participar>
Os roteiros da Rota da Bioeconomia já estão disponíveis. Informações sobre valores, datas, reservas, número de vagas, pontos de encontro e transporte podem ser consultadas acessando: https://rotadabioeconomia.assobio.org/>
Mais sobre a ASSOBIO>
A ASSOBIO é uma associação representativa, que reúne 126 pequenos e médios empreendimentos, que visam proteger e promover a sociobiodiversidade da Amazônia, integrando aspectos socioeconômicos e ambientais. Fundada em 2023, é resultado de um ecossistema cada vez mais importante na região e que incentiva uma economia verde, que gera emprego e renda nas cidades amazônicas. Os 126 negócios somados geram mais de R$52 milhões em renda por ano; mais de mil empregos diretos e promovem o impacto positivo em mais de 70 mil pessoas. Acesse o site: www.assobio.org>