Em fase experimental no Brasil, medicamento é desenvolvido para pacientes tetraplégicos

O remédio será avaliado para posterior aprovação da ANVISA

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 14:01

O analista Bruno Drummond após acidente de trânsito em 2018 
O analista Bruno Drummond após acidente de trânsito em 2018  Crédito: Arquivo pessoal/Redes Sociais/Reprodução

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulgou nesta quarta-feira (10) que encontrou uma molécula, componente da placenta humana, que pode regenerar neurônios e ajudar pessoas com tetraplegia a recuperar os movimentos perdidos. Pesquisadores e farmacêuticos do laboratório Cristália produziram o medicamento experimental: Polaminina.

O medicamento é testado desde 2018, em pacientes que que sofreram lesões completas na medula, classificadas como como nível A, aquela que há perda total da função motora e da sensibilidade. A pesquisa, assim como, a produção do medicamento não foram publicados em revistas científicas.

Como funciona - O tratamento é feito na própria medula, onde é aplicado. O medicamento deve ser aplicado até seis dias após a lesão, em doses minúsculas, de um micrograma por quilo. A finalidade é restabelecer a comunicação suspensa entre o cérebro e o corpo, que, dependendo, pode gerar paraplegia (perda dos movimentos das pernas) ou tetraplegia (quando os movimentos do pescoço para baixo são comprometidos).

A molécula é estudada pela professora da UFRJ, Tatiana Coelho de Sampaio, há 25 anos. A laminina se organiza parecendo com uma teia tridimensional, muito primitiva, ela participa de processos essenciais, como a sobrevivência celular e a migração de neurônios. A capacidade de regeneração da molécula foi a característica que chamou a atenção da professora.