Justiça nega pedido de habeas corpus e mantém prisão de Daniel Vorcaro, dono do Master

Ele foi detido pela PF no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na noite de segunda (17), quando se preparava para embarcar para o exterior.

Publicado em 20 de novembro de 2025 às 10:44

(Daniel Vorcaro, empresário e dono do Banco Master) 
(Daniel Vorcaro, empresário e dono do Banco Master)  Crédito: Divulgação/Redes Sociais

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou o pedido da defesa de habeas corpus para Daniel Vorcaro, dono do Banco Master.

Os advogados de defesa tentavam revogar a prisão preventiva do banqueiro. A defesa argumentou que o empresário nunca teve a intenção de fugir do país ou de se ocultar das autoridades. Após e negativa, o pedido deve ir a julgamento do colegiado no próprio tribunal.

A permanência da prisão de Vorcaro foi determinada ainda na audiência de custódia realizada na terça-feira (18). O empresário é alvo das investigações da Polícia Federal sobre a emissão de títulos como CDB’s falsos. Ele foi detido pela PF no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na noite de segunda (17), quando se preparava para embarcar para o exterior.

Conforme a defesa, não houve tentativas de dilapidação do patrimônio ou ocultação de valores por Vorcaro, e o bloqueio de bens já decretado pela Justiça já evitaria o risco de uma possível fuga.

A defesa afirma que houve constrangimento ilegal ao empresário e que a decisão que determinou a prisão tem diversas fragilidades.

Na defesa, os advogados argumentam que não há elementos concretos de que Vorcaro possa interferir nas investigações, já que ele foi afastado de suas funções.

Ao contrário da defesa, a juíza Solange Salgado, do TRF-, enxergou riscos às investigações na possibilidade de revogação da prisão de Vorcaro.

Na decisão que determinou a prisão de Vorcaro, o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, afirmou que o empresário foi o líder de um esquema que envolvia carteiras “podres”, emitidas por empresas de fachada ou fantasmas, controladas pela instituição financeira comandada por ele.

De acordo com a decisão do TFR1, diante da posição do gestor do Master, “não há dúvida” sobre a liderança de Vorcaro nas suspeitas sob investigação.

“Seu comando nestes comportamentos ilícitos é notório, já que exerce a presidência do Banco Master desde o início das anormalidades e, à época dos fatos, juntamente com Augusto Lima [seu ex-sócio, também preso] eram os responsáveis pelas decisões da instituição e pelas relações públicas do Banco, sendo os principais interlocutores com o BRB”, afirmou o magistrado.

Com informações de G1 e Correio Braziliense