'Viver é melhor que sonhar', diz pai de Juliana Marins em post sobre a filha

A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gerou comoção nas redes sociais. Dias após a confirmação da tragédia, o pai da jovem, Manoel Marins, publicou uma homenagem emocionada relembrando o amor da filha pelas viagens e os momentos marcantes que viveram juntos ao redor do mundo.

“Desde cedo, mesmo antes das meninas nascerem, eu e Estela [mãe de Juliana] já botávamos os pés na estrada”, escreveu Manoel. Segundo ele, as viagens em família começaram de carro e, depois, de avião. Juntos, conheceram todas as capitais do Nordeste e destinos como Gramado, Jalapão, Lençóis Maranhenses e Bonito.

Em sua publicação, Manoel destacou que sempre buscavam opções econômicas de hospedagem e alimentação para que pudessem viajar com mais frequência. “O importante era estarmos juntos”, disse. Entre as memórias mais emocionantes, ele cita uma visita ao Castelo de São Jorge, em Lisboa, que fez Juliana chorar de emoção, e momentos em Notre-Dame e na Praça de São Pedro.

Juliana se formou em Publicidade e Propaganda, mas decidiu fazer um período sabático para viajar sozinha pela Ásia. A queda no penhasco ocorreu após ela alcançar o topo do Monte Rinjani. O corpo foi resgatado por equipes especializadas após uma operação complexa, marcada por neblina e trechos de difícil acesso.

“Juliana herdou de nós essa vontade de viver, de ser, de experimentar e não apenas de existir. Como dizia Belchior, viver é melhor que sonhar. E viver intensamente é melhor ainda”, escreveu o pai.

Na parte mais tocante do relato, Manoel encerrou com uma declaração que emocionou seguidores:

“Minha menina, em seus poucos 26 anos de vida, viveu mais do que muitos com o dobro ou o triplo da sua idade. Ju, lembrarei sempre do teu sorriso, das tuas tiradas espirituosas, do teu carinho. E, como sempre te disse, continuo aqui para você.”