SP Invisível expande suas fronteiras e chega a Belém; projeto tem a liderança de Eduardo Brasil e André Soler

O projeto chega na capital paraense, mobilizando milhares de voluntários e construindo pontes entre quem precisa ser visto e quem pode ajudar o próximo.

Publicado em 20 de maio de 2025 às 19:29

 - Atualizado há 6 horas

Eduardo Brasil e André Soler 
Eduardo Brasil e André Soler  Crédito: Divulgação/Arquivo Pessoal 

O SP Invisível nasceu em 2014 como uma resposta sensível e engajada à dura realidade enfrentada por pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. Criado por um grupo de jovens inconformados com a indiferença social — entre eles, André Soler —, o projeto começou como um registro de histórias reais, revelando os rostos e as trajetórias daqueles que, por muito tempo, permaneceram invisíveis aos olhos da sociedade. Desde então, o movimento se transformou em uma plataforma de impacto social, mobilizando milhares de voluntários e construindo pontes entre quem precisa ser visto e quem pode ajudar.

Com mais de 33 mil pessoas atendidas diretamente, mais de 600 mil itens distribuídos e ações realizadas em toda a capital paulista, o SP Invisível consolidou-se como referência nacional em mobilização social, escuta ativa e geração de oportunidades para populações vulneráveis. O projeto também leva sua metodologia para escolas, empresas e espaços formativos, ampliando o alcance do olhar empático.

Agora, essa experiência acumulada ao longo de uma década se transforma em um novo capítulo: o nascimento do Belém Invisível — a primeira expansão territorial do projeto fora de São Paulo.

A nova frente é liderada por Eduardo Brasil, empreendedor e agente de transformação com raízes na cidade de Belém, ao lado de André Soler. A parceria entre os dois nasceu de uma conexão pessoal e de um interesse comum: aplicar soluções reais e duradouras para enfrentar os desafios sociais mais urgentes. “Conheci o SP Invisível em um almoço com o André e me impressionei com a profundidade do trabalho. Desde então, construímos uma relação de confiança e propósito em comum”, afirma Eduardo.

Por que Belém?

A escolha da capital paraense não foi aleatória. “Belém vive há décadas um processo de estagnação econômica, cujos efeitos se refletem diretamente em problemas sociais e ambientais crônicos”, explica Eduardo Brasil. Para que a atuação fosse estratégica e efetiva, a equipe promoveu uma imersão de 120 dias na cidade, ouvindo pessoas em situação de vulnerabilidade, profissionais do setor social e representantes de organizações locais. Esse mergulho permitiu mapear demandas concretas e desenhar hipóteses de ação adaptadas à realidade local.

Dessa escuta nasceram três frentes prioritárias de atuação:

1. Mulheres invisíveis – voltado à realidade de mulheres em situação de vulnerabilidade social extrema;

2. Jovens invisíveis – com foco em capacitação, escuta e oportunidades para jovens sem acesso a políticas públicas eficazes;

3. Lixo invisível – um olhar para a sustentabilidade urbana e a inclusão de catadores e trabalhadores informais no sistema de valorização ambiental.

O próximo passo do Belém Invisível é escolher uma dessas frentes e colocá-la em prática com soluções concretas e mensuráveis. Eduardo Brasil reforça que o objetivo não é apenas “ajudar”, mas transformar realidades com ações permanentes e estruturadas. “Meu desejo é retribuir à cidade de Belém tudo aquilo que conquistei ao longo da minha trajetória. Quero ver essa transformação se tornar duradoura, com resultados que dignifiquem a vida das pessoas”, completa.

O Belém Invisível marca o início de uma nova fase do SP Invisível: um ecossistema de transformação social que cruza fronteiras, respeita territórios e acredita que ninguém precisa ser invisível para existir.