Publicado em 18 de novembro de 2025 às 13:41
O Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) fechar o Banco Master e dar início ao processo de liquidação extrajudicial, que extingue completamente a instituição. A medida veio após meses de instabilidade financeira, operações consideradas arriscadas e a prisão do presidente do banco, Daniel Vorcaro, pela Polícia Federal.>
A decisão foi tomada apenas um dia depois de a Fictor Holding tentar comprar o banco e pouco mais de dois meses após o BC barrar a proposta de aquisição feita pelo BRB (Banco de Brasília). Com a liquidação, qualquer negociação em andamento é automaticamente cancelada. A EFB Regimes Especiais de Empresas assumiu a administração temporária por 120 dias.>
Na prática, a liquidação extrajudicial é o momento em que o Banco Central determina o fim das atividades de uma instituição que já não tem condições de seguir funcionando. Um liquidante passa a comandar tudo: encerra operações, vende bens e paga os credores na ordem prevista por lei, até que o banco deixe oficialmente de existir no sistema financeiro.>
Segundo o ofício assinado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o encerramento do Banco Master foi motivado pela deterioração da situação financeira da instituição, falta de liquidez e descumprimento de normas do setor bancário.>
O Master já vinha enfrentando forte risco de falência. Entre os motivos estavam o alto custo para captar dinheiro no mercado e investimentos considerados muito arriscados. Um dos casos mais comentados era a emissão de CDBs com rendimentos até 40% acima da média, algo visto como insustentável por especialistas. O banco também era conhecido por comprar precatórios e investir em empresas em dificuldade.>
Para evitar o colapso, várias tentativas de venda foram feitas ao longo do ano, mas todas acabaram fracassando em meio a dúvidas, pressões políticas e falta de transparência. Agora, com a liquidação decretada, o Banco Master chega oficialmente ao fim.>