Espetáculo 'Excesso' transforma lixo em arte e provoca reflexão no Teatro de Ananindeua

Você já parou para pensar no quanto de lixo produz por dia e o que acontece com tudo isso depois? Essa é a provocação do espetáculo “Excesso: até onde a vida suporta?”, que será apresentado nesta quinta-feira (30), às 19h, no Teatro Municipal de Ananindeua, com entrada gratuita.

A montagem, criada pelo projeto de pesquisa CirculAÇÕES em Arte, da Universidade Federal do Pará (UFPA), usa o corpo e a arte para questionar o ciclo do consumo e o destino dos resíduos que geramos. O público é convidado a refletir sobre a poluição de mares e rios, o impacto do plástico na alimentação humana e as desigualdades sociais que nascem nos lixões, onde milhares de pessoas ainda vivem em meio aos rejeitos.

“Quando a gente fala de mudança climática, tem que pensar em vários elementos e um deles é a gestão dos resíduos sólidos. O plástico é um dos materiais mais produzidos no mundo, e já existem alternativas biodegradáveis que poderiam substituí-lo”, explica a diretora geral e artística Larissa Chaves.

Mais do que um espetáculo, “Excesso” quer gerar incômodo e mudança. “É preciso ampliar esse debate, questionar essa cadeia de produção, consumo e descarte, porque ela está diretamente ligada à destruição do meio ambiente e à nossa própria sobrevivência”, completa Larissa.

Às vésperas da COP30, que será realizada em Belém em 2025, o tema ganha ainda mais relevância: a montagem mostra como o excesso de produção e descarte de lixo é um dos grandes desafios ambientais da atualidade.

O trabalho foi desenvolvido por estudantes do Curso Técnico em Intérprete-Criador em Dança da Escola de Teatro e Dança da UFPA e contará com um bate-papo com o elenco e a direção após a apresentação. O projeto foi premiado no edital de Fomento à Circulação de Projetos Culturais (nº 005/2025).