Colômbia rebate EUA e afirma que espaço aéreo da Venezuela segue aberto

O governo da Colômbia se posicionou neste domingo (30) e garantiu que o espaço aéreo da Venezuela permanece “plenamente aberto e operacional”, sem qualquer tipo de restrição à aviação civil. A declaração refuta as afirmações feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que havia dito no sábado (29) que a rota aérea da Venezuela estava fechada, em meio ao aumento das tensões entre os dois países. A Colômbia aproveitou para criticar a interferência externa e reafirmar o direito à soberania da Venezuela.

O governo colombiano se manifestou oficialmente neste domingo, desmentindo declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que o espaço aéreo da Venezuela estava fechado. De acordo com a Aeronáutica Civil da Colômbia, a rota aérea da Venezuela segue aberta, sem qualquer restrição à navegação civil. A nota esclareceu que não há riscos operacionais para os voos na região, tranquilizando a comunidade internacional sobre a situação.

A Colômbia destacou ainda que a interferência de outros países na soberania da Venezuela, como a ameaça de Trump, não tem base legal no direito internacional e apenas gera confusão no sistema de aviação civil. O comunicado foi uma resposta direta às palavras de Trump, que havia aumentado o tom em suas críticas ao presidente Nicolás Maduro, e feito a declaração sobre o fechamento do espaço aéreo da Venezuela, que veio em um momento de crescente tensão militar entre os EUA e a Venezuela.

Este episódio ocorre em meio a uma escalada de tensões entre as duas nações. Em agosto deste ano, os Estados Unidos enviaram um impressionante aparato militar à América Latina, incluindo navios de guerra, um submarino nuclear, caças F-35 e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, uma ação que intensificou ainda mais o clima de insegurança na região.

Além disso, o governo da Colômbia, liderado pelo presidente Gustavo Petro, tem criticado abertamente as políticas de Trump e reforçado seu apelo por uma maior paz e cooperação na América Latina. Petro e o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia têm defendido que a região deve permanecer como uma zona de paz e respeito à soberania de todos os países.

Em seu comunicado, a Autoridade Colombiana de Aeronáutica Civil também pediu à Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) que convocasse uma reunião urgente para discutir a situação e garantir a continuidade das operações aéreas, respeitando os princípios de soberania e segurança.

A Colômbia, assim, reafirma sua posição em favor da estabilidade e paz na América Latina, pedindo que as disputas internacionais não impactem a liberdade e a segurança da aviação civil.