Câmara vai priorizar corte de gastos; revisão de isenções tributárias fica para depois, diz Hugo Motta

A proposta faz parte do esforço do governo para equilibrar as contas públicas.

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 16:41

A proposta faz parte do esforço do governo para equilibrar as contas públicas.
A proposta faz parte do esforço do governo para equilibrar as contas públicas. Crédito: Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (23) que a Casa deve votar medidas de corte de despesas já na próxima semana. A proposta faz parte do esforço do governo para equilibrar as contas públicas.

Por outro lado, o projeto que trata da revisão das isenções tributárias, benefícios fiscais concedidos a determinados setores, ficará para um segundo momento.

“As isenções ainda não. Isso vai ficar mais para frente um pouco. Mas queremos avançar”, disse Motta após se reunir com líderes partidários.

Apesar de confirmar a votação sobre os cortes de gastos, o presidente da Câmara não deu data para a análise do texto. Segundo ele, o governo ainda estuda qual instrumento legal usará para recompor as perdas provocadas pela Medida Provisória (MP) 1303, que tratava da compensação da alta do IOF.

“Essa é a pauta da Casa. O governo está decidindo o veículo que vai usar para repor o que foi perdido na MP 1303”, afirmou Motta.

O governo busca maneiras de repor recursos para o Orçamento de 2026, após uma série de derrotas no Congresso. No início do mês, uma medida provisória que aumentaria a arrecadação perdeu a validade sem ser votada. Essa MP já substituía um decreto derrubado pelo Legislativo, que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Com as mudanças travadas, o Planalto tenta agora avançar no ajuste de despesas antes de discutir temas mais sensíveis, como a revisão das isenções tributárias, uma pauta que deve enfrentar resistência no Congresso.