Hugo Motta diz que taxação de bets aumenta investimentos em segurança

Motta informou que vai apresentar o projeto que muda a finalidade da arrecadação de impostos sobre as bets para destiná-la à segurança

Publicado em 31 de outubro de 2025 às 12:38

(Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta) 
(Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta)  Crédito: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu o aumento da taxação das bets para melhorar os investimentos em segurança pública e disse que a medida deve encontrar amplo apoio na Câmara dos Deputados. As declarações ocorreram nesta sexta-feira (31), em entrevista à emissora GloboNews.

"Com relação ao aumento da taxação das bets para financiar a segurança pública, eu penso que é uma matéria que teria, em sendo votada, amplo apoio dentro da Câmara dos Deputados. Nós entendemos que falta dinheiro sim para a segurança", afirmou o parlamentar.

O presidente da Câmara acrescentou: "Isso só será possível se encontrarmos medidas que venham a ajudar nesse financiamento. E eu penso que essa é uma medida bastante inteligente para podermos aumentar os investimentos em segurança pública neste País."

Motta disse que, na semana que vem, a Câmara quer apreciar um projeto que muda a finalidade da arrecadação de impostos sobre as bets para destiná-la à segurança.

Além disso, o parlamentar afirmou que os líderes também devem discutir um cronograma para a tramitação do projeto que endurece regras contra contribuintes considerados devedores contumazes. A matéria tramita sob regime de urgência desde a quinta-feira, 30. O presidente da Câmara disse que a proposta é "prioridade" na pauta da segurança.

Na entrevista, Motta defendeu "radicalizar" ações contra o crime organizado e mencionou a necessidade de sufocamento de operações financeiras de lavagem de dinheiro.

Em relação a equiparar crimes de facções criminosas a terrorismo, Motta ponderou: "Temos que fazer uma discussão sobre a soberania nacional. Temos que levar isso em consideração. Mas também não dá para achar que nós vamos enfrentar o crime organizado sem radicalizar", declarou.