Marcos do Val desafia Alexandre de Moraes em live, exibe tornozeleira e ameaça deixar o Brasil

Senador chamou o ministro do STF de “idiota”, criticou restrições impostas e disse que pode sair do país a qualquer momento.

Publicado em 23 de agosto de 2025 às 10:31

Senador fez discurso em uma live no YouTube - 
Senador fez discurso em uma live no YouTube -  Crédito: Reprodução

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) voltou a desafiar decisões do Supremo Tribunal Federal ao realizar uma transmissão ao vivo no YouTube, na noite desta sexta-feira (22), em que atacou o ministro Alexandre de Moraes, exibiu a tornozeleira eletrônica que está usando e afirmou que pode “sair do Brasil quando quiser”. A live durou 1 hora e 12 minutos.

“E se eu tiver que sair do Brasil, Alexandre, eu vou. Sou cidadão europeu e americano. É claro que eu vou sair. Tenta segurar um cidadão americano, não tem como. Vai comprar essa briga?”, declarou o congressista, que também chamou Moraes de “idiota” durante a transmissão.

Desde 4 de agosto, Do Val está submetido a medidas cautelares determinadas pelo STF no âmbito de uma investigação por obstrução de Justiça. Entre elas estão: uso de tornozeleira eletrônica, bloqueio de contas bancárias, cartões e chaves Pix, além da devolução do passaporte diplomático. O parlamentar ainda cumpre recolhimento domiciliar noturno nos dias de semana e integral nos fins de semana, teve a verba de gabinete bloqueada e está proibido de usar redes sociais, inclusive por meio de terceiros.

O STF também determinou que 30% do salário do senador seja destinado ao pagamento de multa por descumprimento de ordens judiciais. A defesa nega as acusações, afirmando que Do Val não cometeu infrações e que sua viagem recente ao exterior foi comunicada previamente à Corte e ao Senado.

Marcos do Val é investigado por divulgar informações sigilosas do delegado da Polícia Federal Fábio Schor, que atua em processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar, porém, insiste que é alvo de “perseguição política” e que não pretende “recuar”.